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TI para Negócios

Como fazer a tecnologia trabalhar pelo seu sucesso e da sua empresa

Denise Basow

Denise Basow, MD, CEO da Unidade de Negócios de Efetividade Clínica da Wolters Kluwer
Por mais que já se tenha muito clara a relação entre a experiência do paciente com a qualidade e a tecnologia usadas nas clínicas e hospitais, ainda se debate muito a respeito da importância de se investir em recursos que apoiem e suportem a decisão clínica e os cuidados como um todo. De um lado, a necessidade e a vontade de agregar valor, do outro, a carência de verbas. Isso é ainda mais delicado em países como o Brasil, onde o problema é um dos principais do sistema de saúde, especialmente na esfera pública.
Em 2018, o governo federal destinou apenas 3,6% do seu orçamento a esta área. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), o percentual fica bem abaixo da média mundial que é de 11,7%. Esses números colocam o Brasil em uma posição meio desconfortável, mais especificamente, em 49º no ranking dos países mais ineficientes na área de saúde, segundo uma pesquisa da Bloomberg.
Embora as inovações normalmente estejam atreladas a altos valores, você já parou para pensar que não investir pode sair muito mais caro? É sabido que sistemas de saúde que não investem em tecnologia, normalmente demonstram várias ineficiências como, por exemplo, demoras para agendamento de consultas, filas no atendimento e falta de coordenação do cuidado como um todo. Sem falar de problemas como a grande variabilidade do cuidado com o paciente em diferentes regiões do Brasil. O que acaba levando a decisões erradas, testes desnecessários, diagnósticos incorretos, entre outros erros evitáveis que interferem no cuidado clínico e nas decisões tomadas pelos profissionais e até pelo próprio paciente.
Ou seja, os profissionais não têm acesso à informação necessária e à medicina baseada em evidências e, por isso, não combinam essas inovações disponíveis com a experiência que possuem. O mesmo acontece do ponto de vista do engajamento do paciente, que por falta de informação acaba não cumprindo as orientações médicas.
O diferencial está em investir em tecnologias que realmente impactem na qualidade, melhorem a efetividade clínica e ajudem a reduzir desperdícios e variabilidade no cuidado. E não pense que a tecnologia disponível hoje para a cadeia de saúde restringe-se somente a novos medicamentos ou a equipamentos de ponta. Boa parte da solução dos problemas apontados neste artigo pode ser facilmente encontrada no enorme volume de dados integrados sobre pacientes, tratamentos e doenças, disponíveis em âmbito local e global. Com o apoio da medicina baseada em evidências, é possível uma maior padronização, o que pode acabar ou diminuir o problema da variabilidade.
O Brasil ainda engatinha em alguns tópicos que diz respeito à tecnologia. Mas os hospitais, especialmente os da rede privada, têm buscado participar da elite digital mundial, almejando certificações internacionais. A adoção de algumas tecnologias têm aumentado, como a de prontuários eletrônicos, apesar de ainda ficar para trás do ponto de vista da sua utilização para o suporte à decisão clínica propriamente dita.
Apesar das adversidades e até da crise político-econômica, o país é uma das mais atraentes regiões do mundo para soluções digitais em saúde. Esse grau de demanda assistencial reprimida abre muitas possibilidades para empresas que tenham como missão melhorar a qualidade dos sistemas de saúde. A meu ver, a melhor utilização da tecnologia e da medicina baseada em evidência pode resultar em um melhor cuidado e, consequentemente, melhor experiência para o paciente.
Denise Basow, MD, CEO da Unidade de Negócios de Efetividade Clínica da Wolters Kluwer

Por Celso Poderoso

Celso Poderoso, Diretor América Latina da área de Professional Services da MicroStrategy
Você já deve ter visto Tempos Modernos, um filme clássico de Charles Chaplin onde ele mostra a situação que os trabalhadores enfrentaram nos primeiros anos da Revolução Industrial. A invenção da máquina a vapor deu lugar a uma revolução tecnológica, mas também modificou hábitos, costumes e valores humanos. Fazendo uma analogia, hoje, precisamos criar empresas inteligentes que saiam de pensamentos padrões, repetitivos e passem a desenvolver soluções criativas que alavanquem os negócios.
Uma empresa inteligente, antes de tudo, não é aquela que detém um grande volume de dados e sim a que consegue adquirir conhecimento através deles, analisá-los e transformá-los em sabedoria. Não é difícil obter informações, mas é outra coisa entendê-las para melhorar as oportunidades de mercado e o relacionamento com os clientes. A tecnologia deve ser um apoio para isso já que sozinha não é capaz de mudar muita coisa.
É possível, através dessa inteligência, saber qual produto a empresa mais vende; quando um cliente em potencial entra na loja (online ou física), entender este cliente e até enviar promoções no mobile de acordo com o seu perfil, entre outros inúmeros exemplos. A análise inteligente dos dados antecipa desafios e oportunidades e transforma-os em lucro, proporcionando maior agilidade no crescimento. Uma empresa inteligente consegue melhorar produtos, serviços, eficiência operacional e cortar custos com velocidade, levando maior visibilidade para o mercado e para a sociedade.
E para chegar no nível máximo, é preciso entender em qual estágio de maturidade no uso dos dados para tomar decisões está a sua empresa. Foram identificados 7 estágios, apresentados abaixo com alguns pontos de melhoria para ajudar a identificar o seu momento e avançar para o próximo estágio, podendo assim extrair mais valor dos seus dados!
Estágio #1
Uso de ferramentas fragmentadas para tomar decisões, como aplicações desktop isoladas e desconectadas dos servidores corporativos, para construir relatórios no Excel;
Estágio #2
Embora exista a criação de soluções departamentais para análise de dados, ainda convive em um ambiente fragmentado e com problemas inconsistências e definição centralizada dos dados;
Estágio #3
Dispõe de um banco de dados empresarial e começa a criar um ambiente de análise de dados corporativo. Mas, continua com ferramentas fragmentadas, sem uma base única e com informações não governadas;
Estágio #4
Começa a analisar os dados tanto empresariais quanto departamentais da empresa em dispositivos móveis e começa a integração nos servidores corporativos;
Estágio #5
É onde a maioria das empresas deveria encontrar-se: a análise de dados em ambiente mobilidade faz-se totalmente presente e um olhar corporativo integrado começa a tornar-se fundamental; as primeiras iniciativas de AI (Inteligência Artificial) começam a aparecer nos departamentos, mas ainda sem uma integração e governança corporativa;
Estágio #6
Já tem uma base única de conhecimento, visão 360º dos produtos e clientes, dados integrados com governança, segurança e padronização de conceitos; iniciativas de AI começam a dar bons resultados, melhoram a tomada de decisão e ganham maior interesse da corporação;
Estágio #7
Todos os dados utilizados para tomada de decisão em um ambiente único e integrado, a empresa consegue conectar qualquer dado e gerar relatórios e análises em geral para todos os departamentos da empresa a partir do analytics, com segurança e usando ferramentas como IoT (Internet das Coisas), AI (Inteligência Artificial), Telemetria, Big Data, Voice Bots, Realidade Aumentada e Virtual etc.
Celso Poderoso é Diretor América Latina da área de Professional Services da MicroStrategy

A SMART Modular Technologies Brasil inaugurou nesta semana sua fábrica de baterias íons de polímero de lítio, em Atibaia, interior de São Paulo. A empresa dá um importante passo na diversificação de sua linha de produtos e inova ao trazer tecnologia de fabricação de baterias de última geração ao Brasil.

Com foco em acompanhar a crescente demanda do mercado de baterias com múltiplas aplicações, a empresa inicia a produção com modelos destinados a smartphones – que têm migrado para baterias de polímero de lítio por serem mais compactas e terem maior capacidade de armazenamento. A fábrica terá capacidade produtiva inicial para mais de seis milhões de unidades por ano.

Por ser parceira de um dos maiores fabricantes mundiais de células de baterias de polímeros de lítio e por ter sido qualificada para atender à demanda de clientes já existentes, a SMART pretende conquistar rapidamente 20% de participação de mercado. O objetivo é ampliar o portfólio de produtos e oferecer baterias de lítio usadas em notebooks e empregadas por outros segmentos, como tablets, dispositivos da Internet das Coisas, ou IoT, entre outros.

O novo investimento faz parte do plano de expansão da SMART, anunciado em maio deste ano. A empresa pretende investir R$ 700 milhões no país até 2021, com foco na ampliação da sua capacidade produtiva, no desenvolvimento tecnológico de sua unidade de encapsulamento de semicondutores e no lançamento de novos produtos, como solid state drives ou SSD’s, baterias estacionárias, para módulos de IoT e até para veículos elétricos. Para o êxito desses importantes projetos, a empresa também continuará investindo significativamente em Pesquisa & Desenvolvimento e na capacitação de seus recursos humanos. “Estamos muito felizes em inaugurar nossa nova fábrica e em ampliar o nosso negócio no Brasil. Sabemos do potencial do país no campo tecnológico e os investimentos que fazemos aqui reforçam a nossa crença no mercado local”, diz Rogério Nunes, diretor presidente da SMART no Brasil.

A empresa, que há um ano inaugurou o primeiro laboratório de testes e prototipagem de componentes semicondutores do Brasil em parceria com o Instituto Eldorado, sediado em Campinas/SP, desenvolve, projeta, produz e comercializa no país componentes e dispositivos de memória de qualidade mundial para os maiores fabricantes globais de smartphones, computadores pessoais, servidores e smart TVs.

A inauguração da nova fábrica em Atibaia (SP) e o laboratório em Campinas tiveram apoio da Investe São Paulo – Agência Paulista de Promoção de Investimentos e Competitividade. Para a planta de baterias, a agência deu suporte tributário. “Todas as iniciativas que têm como foco a inovação ajudam a promover o desenvolvimento econômico no Estado de São Paulo. Elas são prioritárias para o estado paulista”, destaca o diretor da Investe SP, Sérgio Costa.