“Sustentabilidade não é só para fazer marketing”. A afirmação é de Rami Branitzky, vice-presidente sênior de Sustentabilidade do SAP Labs. Ele comanda o maior laboratório da SAP fora da Alemanha, com 2.000 empregados. E integra o time de Peter Graf, o Chief Sustainability Officer entrevistado por mim no SAP Sapphire 2011 (Sustentabilidade foi o negócio que mais cresceu na SAP em 2010).
A visão da SAP é a seguinte: se as empresas passarem a funcionar melhor graças à adequação às iniciativas de Sustentabilidade, o resultado serão maiores lucros. Ou seja, ser verde torna-se tão verde quanto o dólar pode ser… Se as empresas concentrarem foco em matérias-primas, por exemplo, haverá ganhos imediatos.
Jeremiah Stone é um cara que gosta do que faz. Ele é um dos gestores da área de Sustentabilidade em Palo Alto. “Como a TI pode nos ajudar a suprir a demanda crescente por commodities nos próximos anos? Ou seja, energia, madeira, minérios, comida, etc.”, questiona Stone, lembrando que apenas 10% ou 15% da matriz de energia do planeta hoje corresponde a fontes nucleares e o resto é praticamente petróleo.
“Ouvir os clientes são as maiores atividades da área de Sustentabilidade (da SAP)”, explicou. “Desenvolvemos sistemas para ajudá-los a administrar questões como estas e ganhar mais eficiência, além de reduzir custos”. A SAP desenvolveu software para gestão de sustentabilidade e trabalha com diversos modelos de negócios para atender seus clientes.
Casa de ferreiro…
O prédio da SAP em Palo Alto conta com recursos para gestão de energia elétrica que são um modelo para muitas empresas brasileiras, especialmente, porque aqui em solo nacional não falta luz solar. O edifício é coberto de placas de energia fotovoltaicas, que captam a luz do sol e a convertem em energia elétrica.
A energia gerada serve para iluminar as áreas internas do edifício do SAP Labs, dia e noite, com uma qualidade excepcional. Há servidores que ajudam cada funcionário a controlar a iluminação em seu espaço individual de trabalho, o que representa um benefício extremo e, no final, aumento de produtividade.
“Fazemos isso tudo com a mesma energia elétrica obtida da luz do sol, até o funcionamento dos servidores para controle de iluminação”, explicou Larry Morgan, executivo responsável pelas instalações da SAP em Palo Alto.