Um estudo da IBM mostra que a geração “Y” (aqueles que nasceram depois dos anos 1980) está mais preocupada e comprometida com globalização e sustentabilidade do que os atuais CEOs (Chief Executive Officer).
A pesquisa Global Student Study foi realizada pela área de consultoria da IBM, pela primeira vez com o público universitário. A pesquisa teve a adesão de 3,6 mil estudantes de 40 países, incluindo o Brasil.
Enquanto 31% dos presidentes acreditam que as empresas deveriam otimizar suas operações globalizando e descentralizando suas ações, entre os estudantes esse número sobe para 48%.
A globalização também foi considerada por 55% dos estudantes entrevistados como a força externa que deverá ter maior impacto nas empresas durante os próximos cinco anos, enquanto 56% dos CEOs elegeram para a posição “fatores de mercado”, com 56% dos votos.
Os estudantes também citaram “questões ambientais” como uma das principais forças externas de impacto aos negócios. Enquanto 65% deles demonstram preocupação relacionada à escassez de recursos naturais, apenas 29% dos CEOs se mostraram atentos a este fator.
Para os presidentes que participaram da pesquisa, globalização e questões ambientais não deverão causar o impacto sugerido pelos estudantes. Os CEOs acreditam que fatores tecnológico, macroeconômicos, mão de obra e legislação devem ser considerados como forças mais expressivas que as identificadas pelos universitários.
Segundo Alejandro Padron, consultor da IBM Brasil, apesar de os estudantes terem opiniões em comum com os CEOs em termos de visão sobre o novo ambiente econômico e como as organizações devem se comportar nesse cenário, algumas divergências mostram que as atitudes, comportamento e estilo de liderança dessa geração devem ser claramente diferentes das anteriores.
“A preocupação com a sustentabilidade é uma característica típica dessa geração, que já nasceu em um ambiente de valorização do consumo consciente. Eles querem mais do que um produto ou serviço de qualidade, querem se identificar com os valores da empresa. Os futuros líderes devem olhar esse tema com muito mais atenção do que os atuais olham atualmente”, completou.
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