Foi realizado hoje, em São Paulo, o 1º Congresso Brasileiro de Indústria 4.0, uma iniciativa da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) e da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), em parceria com o Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Ciesp) e o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial de São Paulo (Senai-SP).
Até amanhã, palestrantes nacionais e internacionais vão discutir os impactos da chamada Quarta Revolução Industrial (Indústria 4.0) no Brasil, o cenário global das tecnologias disruptivas e de que forma a indústria brasileira pode se preparar para estes novos modelos de negócios.
O Congresso, no Teatro do Sesi, contou hoje com quatro painéis de debates, além de uma exposição tecnológica no local com empresas e agências de fomento. A ABDI disponibilizou um estande para divulgação de projetos de apoio à inovação, tais como o Programa Rumo à Indústria 4.0, realizado em parceria com a Fiesp e o Senai-SP, o Programa Nacional Conexão Startup Indústria e o Ambiente de Demonstração de Tecnologias para Cidades Inteligentes.
A mesa de abertura teve o presidente da ABDI, Guto Ferreira, o presidente da Fiesp, Paulo Skaf, o vice-presidente da Fiesp e diretor titular do Departamento de Competitividade e Tecnologia da Fiesp, José Ricardo Roriz Coelho e o diretor regional do Senai-SP, Walter Vicioni. Também estão previstas as presenças dos ministros da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, Marcos Pereira, das Relações Exteriores, Aloysio Nunes Ferreira, e da Ciência, Tecnologia, Inovação e Comunicações, Gilberto Kassab.
Das personalidades internacionais estão confirmados Byoung-Gyu YU, presidente do Instituto Coreano para Economia Industrial e Comércio, Rainer Stark, diretor da Divisão de Criação de Produtos Virtuais, do Instituto alemão Fraunhofer IPK, Karin Mayer Rubinstein, presidente e CEO da IATI (Israel Advanced Technology Industries – Organização de Indústrias Tecnológicas Avançadas de Israel), Lynne McGregor, especialista em Manufatura de Alto Valor Agregado na Instituição Innovate UK; Suresh Kannan, membro do Industrial Internet Consortium (IIC) e presidente da Digiblitz e Yutaka Manchu, secretário-geral adjunto do Conselho de Revolução Robótica do Japão e especialista em Internet das Coisas Industrial.
Para José Ricardo Roriz Coelho, vice-presidente da Fiesp e diretor do Departamento de Competitividade e Tecnologia (Decomtec) “é imprescindível que todas as empresas estejam preparadas para a quarta revolução industrial porque a indústria do futuro será complemente diferente da indústria de hoje. Diversos países já estão à frente desse movimento e, por isso, o Brasil precisa acelerar o ritmo para encurtar a distância com nossos competidores”.
O segundo dia do Congresso será marcado por uma visita, no período da manhã, à exposição tecnológica do Senai-SP, em São Caetano do Sul, e a realização da palestra “A Quarta Revolução Industrial, a Empresa Digital e o Futuro do Emprego”. Para participação na visita, serão disponibilizados ônibus que sairão da sede da Fiesp. Para isso, será obrigatória a inscrição com antecedência no link do evento.
Indústria 4.0
A quarta revolução industrial ou Indústria 4.0 considera o aumento da informatização na indústria de transformação, onde máquinas e equipamentos (objetos físicos) passam a ser perfeitamente integrados em redes de internet.
Como resultado, a produção será verticalmente conectada com o processo de negócios e horizontalmente conectada às cadeias de valor dispersas geograficamente e que podem ser gerenciadas em tempo real.
Desta forma, os processos de produção tendem a se tornar cada vez mais eficientes, autônomos e customizáveis. Por meio da conexão de máquinas, sistemas e ativos, as empresas poderão criar redes inteligentes ao longo de toda a cadeia de valor.
Trata-se de um conjunto de tecnologias que alinha as áreas de automação, controle e informática na produção em série de forma nunca vista antes. De forma a controlar, no Brasil, o funcionamento de uma máquina em operação na Alemanha, por exemplo.
Algumas tecnologias consideradas 4.0 são: análise de Big Data (coleta, processamento e análise de grande quantidade de dados em tempo real), Computação de alta performance, Comunicação de máquina para máquina (M2M), Digitalização; Inteligência Artificial, Internet das Coisas (Internet of Things – IoT), Internet Industrial das Coisas (IIoT), Manufatura aditiva (por exemplo, impressão 3D), Monitoramento e controle remoto da produção, Realidade aumentada; Robótica, Sensores inteligentes e Simulações virtuais.
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