Por Simon Breeden, consultor sênior de Soluções de Fraude da NCR Corporation
Até 2020, teremos mais de 11 bilhões de dispositivos móveis conectados, 90% dos carros serão conectados, e as tecnologias wearables estarão presentes em mais de 170 milhões de dispositivos. Na jornada digital que têm transformado o mundo dos negócios, mudam também a maneira como vivemos, compramos e nos relacionamos.
O cenário aponta para a evolução acelerada no mundo todo. A cada segundo produzimos e compartilhamos mais e mais dados na Internet, trocamos experiências e nos mantemos conectados a maior parte do tempo. A transformação digital e as novas tecnologias nos proporcionam facilidades que não deixaremos para trás.
Por outro lado, o grande volume de informações abre muitas possiblidades para fraudadores encontrarem novas formas de “extrair” dados de empresas e consumidores durante as transações financeiras de pagamento. Um exemplo prático e já bastante conhecido é a clonagem de cartões de crédito, que já atingiu ao menos uma vez a maioria dos consumidores no mundo. É preciso estar à frente disso.
Para ter uma ideia, as transações realizadas por mobile ou internet banking somam 57% do total de movimentações financeiras, segundo a pesquisa FEBRABAN de Tecnologia Bancária 2017, realizada pela consultoria Deloitte. É um caminho sem volta, somos movidos pelas inovações tecnológicas. Basta observamos que não demoramos sequer uma hora para notar que perdemos nosso celular, enquanto só percebemos que estamos sem o cartão de crédito quando precisamos realizar um pagamento.
Ou seja, nunca estivemos tão conectados e consequentemente tão expostos às violações de segurança que colocam empresas e consumidores em risco — a julgar pelos últimos ataques cibernéticos que presenciamos no mundo, que contaminaram milhares de computadores de empresas e despertou o alerta para a segurança em todas as verticais de negócio.
Os fraudadores sempre terão os canais mais fracos como meta, portanto é preciso controlar os riscos em todos os ambientes. É imprescindível criar e manter mais níveis de validação de identidade (autenticação) para realizar transações, além de senhas mais fortes e seguras e uso de inteligência artificial, pois fraudadores também sabem que a maioria das pessoas utiliza senhas mais simples, até mesmo para lembrar com facilidade.
No ambiente corporativo não é diferente. Empresas e instituições financeiras devem promover a capacitação dos colaboradores para que saibam agir em situações de risco e estejam cientes de que informações enviadas por email, por exemplo, é um caminho muito fácil para fraudadores. A conscientização é fundamental e urgente para direcionar as mudanças de hábito e comportamento no mundo digital.
As transformações que hoje vivemos com as novas tecnologias não podem perder de vista a necessidade de equilibrar conveniência e usabilidade com segurança, independentemente do tipo de transação de pagamento e o canal escolhido pelo usuário final. Por isso é imprescindível ser transparente no relacionamento com o cliente para que ele se sinta protegido e respaldado no caso de qualquer eventualidade. Torna-se fundamental a adoção de soluções de tecnologias inteligentes e estratégicas para o mapeamento, detecção e prevenção de fraudes. Só assim, é possível obter respostas rápidas para a tomada de decisões efetivas em momentos críticos. Inovação, segurança, e conveniência, são os pilares para conduzir os negócios e garantir experiências incr&iacu te;veis ao consumidor final.
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