A SLC Agrícola, empresa brasileira produtora de commodities agrícolas, adotou a tecnologia de Colaboração da Cisco na atualização da sua infraestrutura de telecomunicações. A empresa implantou telefones IP e as soluções de videoconferência e mensageria instantânea da Cisco na integração entre sua sede e 14 unidades de produção. Entre os benefícios da tecnologia estão a redução dos custos de telefonia e da necessidade de deslocamentos, além da melhora na comunicação e na produtividade dos colaboradores.
Fundada em 1977 pelo Grupo SLC, a SLC Agrícola foi uma das primeiras empresas do país no setor de grãos e algodão a ter ações negociadas na Bolsa de Valores, tornando-se uma referência no segmento. Suas 14 fazendas estão distribuídas por seis Estados brasileiros e a constante expansão da companhia acabou por saturar a antiga plataforma de telefonia. Além disso, como muitas das unidades de produção ficam em lugares remotos, a dificuldade na implantação de terminais e no acesso para a manutenção tornaram o sistema analógico demasiado custoso e contraproducente.
A integração do projeto ficou a cargo da InfraTI e, após uma avaliação de todo o ambiente da SLC Agrícola, foi elaborado um plano de migração para o sistema IP. A primeira etapa foi realizada na matriz da companhia em Porto Alegre, com a implantação de servidores Cisco CallManager e de mais de 200 ramais. Foram criados dois portfolios de serviço: um padrão, com a colocação de telefones Cisco Unified SIP Phone 3905 para os colaboradores; e outro para gerentes e diretores de área, com recursos do Cisco Unified IP Phone 8945, telefone para videoconferência com inicialização rápida.
Como a migração será feita de forma gradual, foi implantado o gateway analógico Cisco VG204XM e uma unidade do Cisco Unified Survivable Remote Site Telephony em cada Fazenda, para a interação com a tecnologia legada. Embora todas as Fazendas já contem com roteadores e switches core da Cisco, foi feito um trabalho prévio nas redes da SLC Agrícola, com a preparação e otimização dos links. Por fim, foi disponibilizado o Cisco Jabber, aplicação que reúne mensagens instantâneas de texto, voz e vídeo, e o Cisco Expressway, para permitir o uso dispositivos móveis sem necessidade de VPN.
“A nova plataforma tem contribuído bastante para a redução de custos e o aumento de produtividade na companhia e já existem vários exemplos que demonstram isso”, afirma João Aranda, coordenador de Telecom da SLC Agrícola. “Um deles foi quando a presidência da SLC estava em uma fazenda longínqua e participou de uma reunião urgente através da videoconferência da Cisco, economizando tempo e dinheiro com viagens, sem prejuízo para a tomada de decisões”, explica o executivo.
Outro aspecto significativo do projeto foi a simplificação do ambiente de TI da SLC Agrícola, com a padronização da tecnologia e do suporte nas unidades de produção. Como as Fazendas se localizam principalmente na região chamada de MaToPiBa (uma área agrícola na fronteira entre os estados de Mato Grosso, Tocantins, Piauí e Bahia), para cada uma das unidades era escolhido um prestador de serviço diferente, o que acabava refletindo na qualidade da manutenção. Agora, com a tecnologia IP, a SLC Agrícola pode internalizar toda a configuração e suporte da TI, reduzindo a complexidade.
“As soluções de Colaboração têm uma aplicação especial ao agronegócio”, afirma Ana Claudia Plihal, Diretora de Commercial da Cisco. “A tecnologia IP tem o poder de eliminar o cabeamento excessivo da telefonia convencional, facilitando a operação em ambientes remotos. No caso da SLC, por exemplo, com o novo sistema não será preciso nenhuma mudança na estrutura das fazendas: basta conectar novos telefones ao gateway da região e já sair falando”, explica a executiva. “Além disso, a possibilidade de realizar videoconferências a qualquer momento agrega valor à companhia, dando um caráter inovador ao negócio”.
O projeto da SLC Agrícola foi iniciado em 2014 e todas as Fazendas já contam com pelo menos um aparelho de videoconferência. Os responsáveis destacam ainda benefícios adicionais da tecnologia, como a facilidade de gerenciamento e a mudança de cultura dentro da empresa, com impacto direto na tomada de decisões. “Na agroindústria, a telefonia é tão importante quanto os dados”, afirma João, da SLC Agrícola. “Não adianta fazer o manejo do solo, usar os melhores defensivos e sementes, se na hora de transformar as commodities em dinheiro não tivermos agilidade por conta da telefonia”.
Segundo o executivo, ainda não foi devidamente mensurado o quanto matriz, unidades de produção e executivos economizaram em telefonia e viagens, mas os resultados e os ganhos obtidos com a tecnologia IP são consideráveis. “Certamente a gente teve um ganho considerável, embora ainda não medido. Uma prova disso é que hoje fazemos vários processos via telefonia IP, como o treinamento dos colaboradores e programa de trainees da companhia”, explica João Aranda. O projeto da SLC Agrícola está previsto para ser concluído em um prazo de dois a três anos.
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