A startup goiana goGeo não sabe o que é crise. Com o início das operações ocorrido no último mês de março, a empresa se lançou no mercado com uma plataforma que torna possível a uma empresa explorar, num único dia, grande volume de dados em tempo real com o Big Data Geoespacial. Voltada inicialmente para o segmento bancário, a aplicação que leva o nome da companhia deve representar, a partir do investimento, um faturamento de R$ 1 milhão já neste primeiro ano, R$ 6 milhões para 2016 e previsão R$ 75 milhões até 2020.
O aporte é da PA Latinoamericana, empresa brasileira dedicada ao apoio na gestão estratégica de companhias nacionais e internacionais, que entre outros trabalhos foi responsável por todo o processo de venda da PC Sistemas para a TOTVS (uma transação de R$ 95 milhões). O investimento na startup, de R$ 5 milhões, serão divididos em duas rodadas. Além disso, com a internacionalização da PA para Houston, no Texas, a goGeo abre uma nova frente de negócios nos Estados Unidos, tendo despertado interesse de investidores e empresas americanas com a apresentação da solução.
A goGeo foi fundada pelo PHD em Ciência da Computação Vagner Sacramento, com o diferencial de oferecer um custo cinco vezes menor e gerar resultados 50 vezes mais rápido que outras tecnologias de geolocalização disponíveis no mercado. Com tecnologia 100% desenvolvida no Brasil, a plataforma consegue oferecer alto desempenho porque usa algoritmos de processamento distribuído e paralelo, explorando o poder computacional de servidores de baixo custo num cluster computacional. “Em outras palavras, ao invés de investir em licenças caras e em servidores de grande porte, nossa plataforma torna possível processar grande volume de dados usando dezenas ou centenas de servidores de baixo custo que, em conjunto, oferecem poder computacional maior que qualquer outro servidor do mercado”, diz Vagner.
Na prática, a aplicação substitui a planilha por um mapa para analistas desse setor, permitindo que bancos, seguradoras e empresas de meio de pagamentos digitais possam analisar geograficamente os dados transacionais de seus clientes como pagamentos, saques, transferência, sinistros, chamadas de suporte, entre outros. “No dia a dia, a aplicação permite que a empresa possa analisar, de forma geolocalizada, os dados transacionais de pagamentos ou dados de uso de um serviço para entender o que está sendo consumido, onde, qual a frequência e o montante”, explica Sacramento.
Ao avaliar, num mapa, a base de clientes instalada em relação à cobertura de penetração de mercado por segmento de cliente (restaurante, hotel, etc.), tipo de pagamento (débito, crédito) ou tipo de transação, será possível entender o padrão de consumo de cada microrregião para melhorar serviços de detecção de fraude, implementar estratégia de retenção de clientes ou expansão em novos territórios.
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