O Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI.br) divulgou hoje os resultados da pesquisa anual realizada pelo Centro Regional de Estudos para o Desenvolvimento da Sociedade da Informação (Cetic.br), entidade que integra o Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR (NIC.br), sobre o uso da Internet por crianças e adolescentes.

Foram entrevistados 2.105 crianças e adolescentes usuários de Internet com idades entre 9 e 17 anos em todo o território nacional. Foram abordadas questões relacionados ao perfil desses usuários, à frequência de uso da Internet, aos equipamentos utilizados, ao local de acesso e às principais atividades realizadas por eles na internet.

A pesquisa, chamada TIC Kids Online Brasil, tem como fundamento a metodologia da rede europeia EU Kids Online, liderada pela London School of Economics.

Em resposta a esse novo cenário, foi criada a ação “Internet Sem Vacilo” como forma de incentivar uma atitude positiva dos adolescentes e jovens no uso da rede mundial de computadores. A iniciativa é do Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) em parceria com a empresa Google e com a organização não governamental Safernet. A campanha conta com a participação dos youtubers Pyong Lee e Jout Jout, populares entre o público jovem.

Durante o evento, realizado no YouTube Space, localizado no Instituto Criar, ocorreu um debate entre adolescentes e youtubers sobre os temas da campanha: cyberbullying (humilhação, ofensa e ameaça por meio da Internet) e sexting (troca de mensagens e imagens íntimas); privacidade, amizade e relacionamentos online; busca com segurança e preconceito e intolerância na rede.

O lançamento da ação do UNICEF faz parte das celebrações dos 25 anos do Estatuto da Criança e do Adolescente.

Perfil dos entrevistados pela pesquisa TIC Kids Online Brasil

● 81% acessam a Internet todos os dias ou quase todos os dias;
● 82% utilizam celular para acessar a rede (em 2013 eram 53%);
● 56% utilizam computador de mesa/ PC para acessar a rede (em 2013 eram 71)%;
● 68% utilizaram Internet para trabalhos escolares no último mês que antecede a pesquisa;
● 79% possuem perfil próprio em redes sociais.