Por Jorge Sukarie*
No mundo globalizado, as empresas buscam vantagem competitiva para poder se destacar no cenário internacional, e o investimento em Inovação é a chave para que consigam a transformação necessária para atingir este objetivo. A inovação no setor de Tecnologia da Informação, por sua característica transformacional e sua penetração horizontal em todos os demais setores da Economia, tem sido um grande habilitador de geração de valor ao negócio. Neste cenário, é importante que haja uma atenção especial ao micro, pequeno e médio empreendedor que representam hoje a maior parcela dos responsáveis pela inovação deste setor no Brasil.
Criadas em sua maioria por jovens empreendedores, essas empresas são as maiores responsáveis pela inovação do setor por conta do próprio perfil do empresário que entra no negócio com uma grande ideia e sem medo de arriscar. Uma das maiores dificuldades que esse modelo de negócio enfrenta é justamente a falta de fontes de fomento e com a falta de suporte para se estruturarem.
Nos últimos anos surgiram importantes iniciativas para ajudar o desenvolvimento dessas jovens empresas. Como exemplo podemos citar a linha de crédito BNDES MPME (Micro, Pequena e Média Empresa) Inovadora, voltada para as empresas que se mostrem inovadoras. Essa iniciativa foi criada com o objetivo de impulsionar a inovação no mercado de tecnologia ao mesmo tempo em que alcança esses pequenos empresários acelerando seu crescimento.
Deve haver um compromisso das entidades e órgãos públicos para que desempenhem um importante papel nesse cenário, oferecendo programas de apoio às Micro, Pequenas e Médias Empresas, dando-lhes o suporte e orientação necessários para o início e desenvolvimento de seus empreendimentos. Desta forma os empreendedores podem acelerar e qualificar seus negócios para que ampliem suas chances de sucesso e longevidade.
Ao fomentar a inovação no setor de tecnologia da informação dá-se um grande passo na conquista de vantagens competitivas para a Economia do País como um todo. O Setor de TI no Brasil é o sétimo maior do Mundo e gerou investimentos de US$ 60 bilhões de dólares em 2014.
*Jorge Sukarie, Presidente da ABES (Associação Brasileira das Empresas de Software)
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