Uma ferramenta automática para verificar se os sites estão acessíveis diretamente via IPv6 foi lançada hoje pelo NIC.br (Núcleo que coordena a internet no Brasil). O validador (http://validador.ipv6.br) pretende estimular a disseminação do novo protocolo.
Com o esgotamento dos endereços disponíveis no IPv4, em alguns meses novos usuários da Internet poderão estar conectados exclusivamente via IPv6 e terão problemas para acessar sites que ainda não tenham implantado o novo protocolo.
Representantes da sociedade civil
no CGI.br não são remunerados
Os membros da sociedade civil anunciados pelo Comitê Gestor da Internet brasileira (CGI.br) há poucas semanas trabalham sem serem remunerados, conforme informou a assessoria de imprensa do órgão. Os componentes do CGI são voluntários, e escolhidos por eleição. Os Colégios Eleitorais foram formados por 362 entidades que preencheram um formulário eletrônico em http://www.cgi.br/eleicao2010/
O Comitê Gestor da Internet no Brasil – CGI.br anunciou o resultado da eleição que indicou os 20 representantes da sociedade civil, entre titulares e suplentes, que participarão dos fóruns de debates e decisões para a administração e o desenvolvimento da Internet no Brasil durante o triênio 2011-2013. A homologação dos novos conselheiros ocorreu com a publicação de Portaria Interministerial
no Diário Oficial.
A distribuição dos membros eleitos da sociedade civil no Comitê compreende: quatro membros do Terceiro Setor, três da Comunidade Científica e Tecnológica e quatro do Setor Empresarial, que representam os segmentos: Provedores de Acesso e Conteúdo da Internet; Provedores de Infraestrutura de Telecomunicações; Indústria de Bens de Informática, de Bens de Telecomunicações e de Software; Setor Empresarial Usuário. No total, a sociedade civil é representada por 12 titulares e nove suplentes. Sete representantes são novos e quatro foram reeleitos (ver perfil dos representantes abaixo).
Representantes eleitos:
Setor Empresarial
Provedores de acesso e conteúdo da Internet
Eduardo Fumes Parajo
Iniciou no mercado de provimento de acesso e serviços Internet em 1996, e desde abril de 2007 é presidente da ABRANET, onde exerce o cargo pelo segundo mandato consecutivo até 2011. Suplente: Ricardo Lopes Sanchez
Provedores de infraestrutura de telecomunicações
Eduardo Levy Cardoso Moreira
Engenheiro Eletricista e de Telecomunicações pela PUC-RJ, ocupou cargos na Telerj, Telebrás e Embratel. É o atual Diretor Executivo do SINDITELEBRASIL. Suplente: Alexandre Annenberg Netto
Indústria de bens de informática, telecomunicações e software
Henrique Faulhaber (reeleito)
Matemático com Mestrado em Engenharia de Sistemas, é diretor da empresa Calandra, do SEPRORJ e membro do conselho da Riosoft. Suplente: Norberto Dias
Setor empresarial usuário
Cássio Jordão Motta Vecchiatti
Sócio e diretor da DataCast Assessoria Ltda., tem formação em Tecnologia da Informação e Eletrônica. Atualmente é Diretor do Departamento de Competitividade e Tecnologia do Sistema Fiesp/Ciesp e Presidente do Conselho da Fundação Vanzolini. Suplente: Nivaldo Cleto
Terceiro Setor
Sergio Amadeu da Silveira
Professor da UFABC, Doutor em Ciência Política pela USP. Implementou e coordenou o Projeto Telecentros da Prefeitura de São Paulo. Foi Diretor-Presidente do ITI. Integra o Conselho Científico da ABCiber. É membro da comunidade de software livre.
Veridiana Alimonti
Formada em Direito e mestranda em Direito Econômico pela USP. É advogada do IDEC, com atuação na área de telecomunicações, incluindo as iniciativas relativas à governança da Internet e participação social na regulação dos serviços.
Carlos Alberto Afonso (reeleito)
Cofundador do Ibase e da APC. Coordenou o primeiro projeto Internet desenvolvido para uma conferência mundial da ONU, a ECO-92. Atualmente é colaborador do Instituto Nupef e membro do Conselho de Administração da Telebrás.
Percival Henriques de Souza Neto
Físico e bacharel em Direito, foi diretor técnico do Inmetro/Imeq na Paraíba e é especialista em gestão pública. Atualmente, exerce a presidência da Associação Nacional para Inclusão Digital – ANID. Suplentes: José Ricardo Negrão, Vitor Hugo Das Dores Freitas, Marcus Aurélio Ribeiro Manhães, Flávia Lefèvre Guimarães.
Comunidade científica e tecnológica
José Luiz Ribeiro Filho
Engenheiro Eletrônico pela UFRJ, Mestre em Ciência da Computação pela COPPE Sistemas e Ph.D. em Ciência da Computação pela Universidade de Londres. Atualmente, é Diretor de Serviços e Soluções da RNP.
Flávio Rech Wagner (reeleito)
Graduado em Engenharia Elétrica pela UFRGS, é Doutor em Informática pela Universidade de Kaiserslautern, Alemanha. Foi Presidente e Conselheiro da Sociedade Brasileira de Computação e atualmente é professor titular da UFRGS.
Lisandro Zambenedetti Granville (reeleito)
Professor-doutor do Instituto de Informática da UFRGS. É especialista em Gerenciamento de Redes de Computadores e Serviços. Pesquisador CNPq. Suplente: Omar Kaminski
O que faz a entidade
A função do Comitê Gestor é discutir pontos críticos e indefinidos acerca da Internet, além de definir as melhores práticas na rede. A execução do que é definido pelo CGI fica a cargo do NIC.br (Núcleo de Informação e Coordenação do ponto br), onde atuam diversos profissionais. Uma dessas funções é a administração dos endereços na rede e o registro do domínio .br, que é de onde vem a receita para a realização das ações.
Além do Registro.br, existem outras áreas dentro do NIC.br:
CERT.br – Centro de estudos, resposta e tratamento de incidentes de segurança – que trata dos incidentes de segurança (vírus, fraudes, phishing), além de realizar atividades de apoio a administradores de redes e usuários de internet no país.
CEPTRO.br – Centro de Estudos e Pesquisas em Tecnologia de Redes e Operações – que desenvolve estudos em inovação e melhoria da qualidade técnica no uso da internet.
CETIC.br – Centro de Estudos sobre as Tecnologias da Informação e da Comunicação – responsável pela produção de indicadores e estatísticas sobre a disponibilidades e uso da Internet no Brasil.
O Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI.br) foi criado pela Portaria Interministerial nº 147, de 31 de maio de 1995 e alterada pelo Decreto Presidencial nº 4.829, de 3 de setembro de 2003, para coordenar e integrar todas as iniciativas de serviços Internet no país, promovendo a qualidade técnica, a inovação e a disseminação dos serviços ofertados, além de tornar efetiva a participação da Sociedade nas decisões envolvendo a implantação, administração e uso da Internet.
Composto por membros do governo, do setor empresarial, do terceiro setor e da comunidade acadêmica, o CGI.br representa um modelo de governança na Internet pioneiro, com base nos princípios de multilateralidade, transparência e democracia.
O CGI se reúne mensalmente, mantém grupos de trabalho e coordena diversos projetos em áreas de importância fundamental para o funcionamento e o desenvolvimento da internet no país. Para executar suas atividades, o CGI.br criou uma entidade civil, sem fins lucrativos, denominada “Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR” – NIC.br.
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