Tudo começa na frente de um monitor 3D e um micro equipado com uma GPU da Nvidia. Você coloca uns óculos especiais e aquela imagem que estava toda embaçada se torna um objeto tridimensional, fora da tela. Impressionante como um filme do tipo Avatar ou Harry Potter! Mas não é só isso. Agora impressoras especiais trazem para a realidade, em forma de objetos de plástico, a reprodução de um projeto da prancheta digital. É o máximo!

Danny Shapiro, da Nvidia

Na primeira etapa, a do vídeo digital 3D, o papel das GPUs (Graphic Processing Units ou Unidades de Processamento Gráfico) é fazer aquilo que nenhuma CPU (Computing Processing Unit ou Unidade de Processamento Computacional) conseguiria fazer sozinha. Motivo: as CPUs têm no máximo um, dois ou até quatro cores trabalhando em série. Já as GPUs Nvidia Quadro, por exemplo, têm milhares trabalhando paralelamente.

Você pode imaginar o efeito disso? O diretor da Nvidia Danny Shapiro, que estava no espaço de demonstração da empresa no SolidWorks World 2011, explicou com os casos de sucesso apresentados no evento. Ouça a entrevista que ele me concedeu com exclusividade:

 

A impressão 3D já não é uma novidade, mas a redução dos custos destes aparelhos sim. Eu vi uma máquina deste tipo (a do vídeo abaixo) sendo oferecida por US$ 14 mil. Esta impressora é capaz de fazer peças e objetos como os demonstrados na imagem ao lado.

O vídeo abaixo mostra a cabeça de impressão em funcionamento. Esta parte é o que diferencia uma impressora convencional de uma 3D. Primeiro, porque a cabeça não se move apenas em um só plano, como sobre uma folha de papel. No caso da impressora 3D, o movimento é para frente e para trás, para os lados e também para cima e para baixo. O segundo diferencial é o conteúdo “despejado”: na impressora comum é a tinta; na impressora 3D, uma massa plástica.



As impressoras 3D estão sendo utilizadas basicamente para três funções principais:

1) Promover uma experiência mais real de observar e avaliar um produto, antes que este entre em produção em série. Assim, os ajustes necessários para torná-lo bem sucedido podem ser feitos antes que os erros e/ou defeitos sejam constatados na prática, quando o produto passar a ser rejeitado no mercado;

2) Produzir peças que servirão para moldar as formas para a produção das peças verdadeiras, que serão produzidas por um processo de custo mais baixo, como injeção de plástico ou fundição;

3) Produção de produtos finais. Ainda não é o foco principal, devido aos custos ainda elevados dos objetos produzidos pelas impressoras 3D. Aqui, sem dúvida, está o grande futuro desses aparelhos. Você não acha?