Por Celso Kleber, Diretor Executivo da Resource

Basta uma rápida olhada por aí para perceber que os bancos trabalham para serem cada vez mais digitais. O motivo é simples: nós, clientes, queremos mais mobilidade, sempre impulsionados por todas as novas plataformas de conectividade. Mas será que investir em novos apps e sites será o suficiente para transformar as instituições bancárias em empresas realmente prontas para a nova era da informação? A resposta, definitivamente, é não.

A transformação digital das companhias do setor financeiro vai muito além da ponta de atendimento virtual que vemos diariamente. É por isso, em síntese, que o surgimento de aplicativos e assistentes virtuais de todos os tipos é apenas parte de uma longa jornada, que precisa incluir obrigatoriamente uma série de processos complexos dentro das corporações. Afinal, de que adianta ter um sistema totalmente digitalizado, se as exigências burocráticas e os processos dentro das empresas continuarem os mesmos?

Não por acaso, os bancos que até aqui se adaptaram melhor à nova realidade da tecnologia baseada em dados e análises são justamente aqueles que entenderam que TI e inovação são os principais diferenciais para impulsionar seus negócios. Entenderam que inovar e aplicar tecnologia de ponta é o que ajudará suas instituições a reduzir os custos, melhorar os serviços e atrair novos clientes.

Esse cenário nos ajuda a entender porque o investimento em tecnologia no setor bancário tem aumentado gradativamente. Segundo a Febraban, o segmento destinou R$ 19,5 bilhões em atualizações de TI ao longo de 2017. A quantidade de acessos digitais tem se multiplicado recorrentemente, com o Mobile Banking e o Internet Banking, consolidando-se como os canais preferidos dos brasileiros para acesso aos serviços, sendo utilizados em mais da metade do total das transações realizadas no ano passado.

Os dados comprovam que investir em TI é essencial para obter potenciais vantagens competitivas e atender uma nova cultura de consumo dos clientes, mas não apenas por isso. Em um cenário complexo como o setor financeiro, as empresas precisam enxergar a tecnologia também como uma forma prática de buscar o equilíbrio dos custos e a eficiência produtiva das equipes.

Para isso, é importante que as transformações de hardware e software sejam analisadas sob o ponto de vista da otimização dos recursos dos bancos. É preciso pensar em opções que facilitem a vida dos usuários e que também ajudem as instituições a serem mais rentáveis e estáveis. Com o aumento dos acessos via mobile, é fundamental investir no desenvolvimento de soluções que agreguem valor à rotina dos clientes e simplifiquem o dia a dia das equipes internas das empresas.

Assinatura digital

Uma das aplicações que tem ganhado destaque para que esse objetivo seja alcançado é a assinatura digital. Um contrato assinado digitalmente é capaz de eliminar parte da cadeia de processos do banco e, ao mesmo tempo, otimizar o tempo de atendimento ao cliente. Além disso, essa solução também permite reduzir a demanda por armazenamento físico e virtual, proporcionando mais eficiência e produtividade para as instituições.

A boa notícia é que esses recursos existem e estão disponíveis em diferentes formas como reconhecimento por assinatura (gafometria), autenticação biométrica (impressão digital ou facial), tokenização e até mesmo biometria de voz, que vem ganhando força como opção para operações de telemarketing, por exemplo.

Seja qual for a opção escolhida, o fato é que quanto mais digital e rápido for o atendimento, mais atrativa a operação para os clientes. Em uma era dominada por interações em tempo real é imprescindível que as instituições bancárias foquem em entregas mais assertivas, completas, seguras, de alta disponibilidade e com a melhor relação de custo/benefício. Garantir a experiência do usuário deveria estar no topo das prioridades das organizações. O uso da tecnologia para torná-la moderna, transformadora e digital é o caminho mais indicado para as empresas que buscam se destacar.