No ano de 2019, as conexões 4G LTE deverão superar em quantidade de assinaturas a sua antecessora, a 3G. Para o ano de 2022, 65% das conexões móveis serão 4G, incentivado principalmente pela expansão da cobertura dessas redes, segundo aponta a consultoria GlobalData.
Em webinário realizado pela 5G Americas, Leandro Agión, Analista Senior da GlobalData para América Latina, apontou que a empresa “considera que as assinaturas da 4G vão duplicar até 2022, alavancado principalmente o esforço das operadoras para aumentar a área de cobertura e a qualidade das comunicações 4G na região “.
Enquanto isso, o Diretor da 5G Americas para América Latina e Caribe, José Otero, chamou a atenção sobre a necessidade de disponibilizar frequências para o desenvolvimento das redes. “O espectro radioelétrico é o insumo vital das redes sem fio, e já estamos nos aproximando do mundo da 5G que permitirá a Internet das Coisas (IoT). A principal preocupação para o futuro é que precisaremos entre 3 e 18 GHz de frequências em áreas densamente povoadas para que as tecnologias funcionem corretamente”, afirmou.
Otero complementou que “o principal país da América Latina que entregou mais espectro para o funcionamento da 2G, 3G e 4G de forma agregada foi o Brasil, e apenas supera os 600 MHz. Estamos bastante distantes da quantidade de espectro radioelétrico que devem ser entregues para as operadoras. Vale recordar que isto deve acontecer de forma transparente, com processos justos e equitativos, e que as frequências estejam completamente limpas para que dessa forma possam beneficiar os consumidores”.
De acordo com a GlobalData, as assinaturas móveis na América Latina chegarão a 804 milhões no ano de 2022. “O principal fator para este aumento será o crescimento de smartphones que, se considerarmos os próximos quatro anos, nossas projeções irão somar 135 milhões de novas assinaturas”, explicou Agión.
A respeito da evolução das tecnologias móveis, o especialista apontou: “nossa visão é que a 5G chegará na América Latina em média em 2021, com suas primeiras ofertas comerciais nos principais países da região. As operadoras, segundo vemos, ainda estarão focadas em aumentar a área de cobertura da 4G e em monetizar seus investimentos nesta tecnologia. Por isso, apesar do fato de que muitos testes estão sendo feitos em vários países, não acreditamos que a 5G chegue antes disso”.
“E, por último, consideramos que a comunicação máquina-máquina (M2M) dobrará no período de previsão, ultrapassando os 70 milhões de assinaturas no ano de 2022. As principais aplicações neste período serão: gestão de frotas, cidades inteligentes e carros conectados “, finalizou o especialista.
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