A Inteligência Artificial está revolucionando a maneira como as indústrias preveem falhas em equipamentos, solucionam problemas e otimizam processos. Na Vale o benefício estimado para 2018 com o uso dessa ciência é de US$ 26 milhões. São dez projetos que estabelecem novas metodologias de manutenção para equipamentos de mina, ajudam a evitar problemas nos trilhos das ferrovias e promovem melhorias na gestão das usinas de beneficiamento de minério e de pelotização.

Assista ao VDOC “Guardiões de pneus” sobre projeto que otimizou manutenção de pneus em Salobo
De forma geral a Inteligência Artificial pode ser entendida como a habilidade de máquinas de simular o processo de tomada de decisão dos humanos e de executar tarefas complexas como nós fazemos. Ela está presente em sistemas tão diferentes como os utilizados para recomendações em sites de compras ou carros autônomos.

Nos dez projetos a Vale está coletando os milhões de dados gerados por sensores instalados nas áreas operacionais e analisando-os com a ajuda de sistemas de Inteligência Artificial. Dessa forma, geram-se insights sobre o comportamento dos equipamentos, que ajudam a prever problemas e influenciam a tomada de decisões.

Com o uso desse processo específico, conhecido como análise avançada de dados (Advanced Analytics), a Vale busca estabelecer uma nova metodologia de manutenção que otimize o ciclo de vida dos equipamentos, aumente sua vida útil e evite intervenções desnecessárias.

Um dos projetos de maior impacto já teve seus resultados comprovados no ano passado. Na mina de cobre de Salobo, no Pará, houve um aumento de 30% em um ano na vida útil dos pneus de caminhões fora de estrada, o que representou uma economia de US$ 5 milhões no período (ver vídeo abaixo). O trabalho foi feito em parceria com a área de negócio, que também implantou melhorias importantes na operação e na manutenção dos equipamentos.

A mesma técnica está sendo empregada em outras minas da Vale, no Pará e em Minas Gerais, e com outros componentes de caminhões, como o trem de força, e até mesmo no consumo de combustível.

Nas ferrovias operadas pela Vale (a Estrada de Ferro Carajás e a Estrada de Ferro Vitória a Minas) o foco do projeto é prever fraturas nos trilhos – a ocorrência que acontece com maior frequência e que é considerada a mais grave para o funcionamento da operação. A partir dos dados gerados pelas ferrovias foi encontrada uma solução que pode reduzir em até 85% a ocorrência de fraturas, o que representa um ganho potencial de US$ 7 milhões por ano.

“Acreditamos que a Vale está no rumo para se tornar uma ‘smart company’, ou seja, uma empresa que utiliza a tecnologia da informação para crescimento de produtividade das operações”, explica o gerente-executivo de Inovação em TI, Hélio Mosquim.

A estratégia digital da Vale

A Vale começou a implantar em 2016 um programa de transformação digital com o objetivo de economizar mais de US$ 100 milhões em dois anos, ou seja, até o final deste ano. A empresa está utilizando Internet das Coisas, Advanced Analytics, Machine Learning, Inteligência Artificial e aplicativos móveis, entre outras inovações tecnológicas, para promover a integração entre as áreas de negócio pelo mundo, reduzir custos, simplificar processos, aumentar a produtividade e a eficiência operacional, e alcançar os melhores índices de saúde e segurança.