Considerada uma das tecnologias “top 10” na área de segurança corporativa, armazenamento de dados e compartilhamento de arquivos, a tecnologia blockchain é apontada como uma das principais tendências para os próximos anos. O Fórum Econômico Mundial divulgou que, em 2025, 10% do PIB serão armazenados em tecnologias relacionadas com blockchain. O tema, que vem ganhando relevância na sociedade e foi inspiração para o nome de um bloco carnavalesco em São Paulo, o Chain, será um dos destaques do Congresso Future Payment, que será realizado nos dias 15 e 16 de maio, dentro da programação da feira Cards Future Payment, no Transamérica Expo Center.
Este ano o Congresso terá duas trilhas: Tecnologia e Inovação/Regulamentação e Relações com o Mercado. A primeira delas contará no primeiro dia do evento, às 15h20, com o painel “O que o sistema financeiro e o mercado de pagamentos podem esperar com a revolução blockchain?”. Na trilha sobre o mercado, haverá um debate, no mesmo dia e horário, sobre “Criptomoedas, reflexos, oportunidades e ameaças para a economia global”.
Muitos especialistas acreditam que a tecnologia, que cresceu em popularidade por ser a base para a criptografia e segurança da plataforma de bitcoin, revolucione a armazenagem de dados digitais em vários segmentos. Aliado ao uso de Big Data, o blockchain pode ser a alternativa para reunir dados que se encontram desconectados, de forma a ampliar a eficiência e assegurar mais transparência em cada etapa da transação financeira e do processo produtivo.
O blockchain é uma espécie de bloco de dados que contém uma assinatura digital, chamada de “hash”, que funciona como uma impressão biométrica. O que torna a tecnologia diferente é que cada bloco contém um “hash” criptográfico da anterior, formando uma cadeia, que será transformada em um nó compacto. Assim, qualquer adulteração é facilmente detectada e controlada.
Maria Juliana, diretora da Cards Future Payment, explica que uma das principais vantagens do blockchain é a possibilidade de proporcionar transações cada vez mais seguras, além de reduzir custos e processos operacionais. “Com a tecnologia, cada registro é individualmente criptografado e exige uma chave de acesso personalizada, o que ajuda a reduzir a exposição de um grande número de registros”, ressalta.
Segundo dados da consultoria IDC, os gastos mundiais em soluções de blockchain chegarão a US$ 2,1 bilhões em 2018, o dobro de investimento registrado no ano passado. A previsão é que os investimentos cresçam em ritmo acelerado até 2021, com taxa de crescimento anual composta de 81,2%, chegando a US$ 9,2 bilhões em 2021.
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