Silnei Kravaski
Com a transformação digital, os negócios passam a ser cada vez mais dependentes da informação. Garantir que todo conteúdo estratégico da empresa esteja seguro e preservado da melhor maneira possível é uma necessidade mais do que evidente. Hoje, a criticidade está muito além de recuperar os dados. O que faz a diferença no final das contas é o tempo que isso demanda. E, dependendo do cenário, quando algum incidente é notado, um backup tradicional pode levar até semanas recuperando as informações e dando respaldo à operação.
Segundo o Gartner, até 2020, 30% das organizações deverão ir além de um backup tradicional, incluindo opções mais avançadas como o disaster recovery (DR). Hoje, apenas 10% das empresas compartilham essa visão. Além disso, até 2021, 50% das empresas irão aumentar ou substituir suas aplicações atuais de backup por outras alternativas. E mais do que isso, até 2018 mais de 50% irão passar a considerar ofertas que estão disponíveis no mercado há menos de cinco anos, evidenciando essa necessidade de renovação. O que tem tudo a ver com a transformação digital e a forma como as pessoas estão consumindo tecnologia.
Porém, embora já se verifique este forte movimento de mudança, como atesta a pesquisa do Gartner, existem ainda contrapontos que pesam na decisão das empresas quando decidem ir além do backup tradicional. Estas enxergam que as áreas de TI não podem ser as únicas responsáveis por administrar as suas soluções de recuperação de dados e sentem a necessidade de buscar parceiros que façam essa função. Elas sabem que isso é crucial para que possam focar no que realmente importa: o seu negócio. Mas, por outro lado, além do receio cultural de não saber fisicamente onde estará armazenado o seu dado, há a preocupação de quanto isso vai custar, o que é compreensível por que às vezes justificar custos não é fácil. E o DR tem sim um custo adicional, mas a operação parada da empresa tem um impacto financeiro muito maior do que a estrutura.
Seja qual for o negócio, porte ou segmento de atuação, as companhias estão cada vez mais dependentes das tecnologias. E demandar um tempo muito grande para recuperar dados, e consequentemente ter uma operação parada, pode resultar em danos e impactos financeiros incalculáveis. Hoje, quanto uma empresa perde se ela tiver o seu dado invadido, uma queda de energia, entre outros perigos? É aí que entra a analogia com o seguro: assim como um automóvel, que você paga para o caso de um eventual roubo ou acidente; o disaster recovery você paga mensalmente para ter a proteção do dado.
Por isso, é tão importante escolher serviços ou parceiros que tenham condições de restaurar as informações dos últimos minutos e que repliquem as informações em tempo real para o ambiente de disaster recovery, evitando que qualquer operação fique parada. Desta forma, quando o cliente conectar-se com a infraestrutura deste provedor, por exemplo, ou na nuvem, tudo já estará ali. Mas, é importante sempre que os intervalos de recuperação e a forma que os dados estejam armazenados sejam adequados às especificidades e negócios de cada cliente. Além de capacidade é preciso ser flexível.
Enfim, nesse mundo de transformação digital, as empresas têm que estar preparadas e ter um plano que não deixe os seus dados, o coração da empresa, assim com as informações sobre seus próprios clientes, vulneráveis a qualquer tipo de incidente, seja ele cibernético ou de segurança, de ataque. E uma solução de disaster recovery tem sim esse poder.
Silnei Kravaski é Diretor Executivo da Planus Cloud, Networking & Services
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