O Brasil é um dos maiores produtores mundiais de calçados. O ecossistema do setor é composto por 7,7 mil empresas nacionais, que produziram 944 milhões de pares de calçados em 2016. A partir desses números, levantados pela Associação Brasileira das Indústrias de Calçados (Abicalçados), podemos imaginar a imensa variedade de modelos, marcas e variações desse tipo de produto. Para identificar cada um deles na cadeia de abastecimento, nada melhor do que um padrão global. Assim, os sistemas de automação da indústria, dos distribuidores e do varejo – físico e e-commerce – facilitam todas suas operações logísticas e de gestão.

A identificação padronizada se tornou uma necessidade maior ainda com a consolidação do e-commerce no Brasil, um mercado em expansão. As compras online atingiram faturamento em torno de R$ 44,6 bilhões em 2016, segundo dados do relatório Webshoppers, realizado pela consultoria especializada Ebit. As empresas calçadistas que adotam o código de barras padrão GS1 percebem as vantagens competitivas ao terem seus produtos identificados por um padrão global. De acordo com o Google, os anunciantes do Google Shopping, por exemplo, constatam que quem aplicou os GTINs corretos aos dados dos seus produtos atingiram aumentos de até 20% nas taxas de conversão. Inciativas como essa visam integrar as buscas dos usuários com lojas que exibem produtos relevantes com fotos e opinião do público que já teve contato com aqueles itens consultados.

De acordo com o presidente da Associação Brasileira de Automação-GS1 Brasil, João Carlos de Oliveira, “a adoção dos padrões GS1 como o GTIN permite maior precisão na busca de cada item, além de aumentar as chances de destaque nas pesquisas dos produtos identificados com um padrão global”.

Além do mercado interno, físico ou online, o setor calçadista brasileiro é um grande exportador. Em 2016, de acordo com a Abicalçados, foram exportados 126 milhões de pares de calçados – um faturamento de US$ 999 milhões. Como seria, então, cumprir todas as etapas da rotina de documentos se os produtos não fossem identificados por um padrão adotado em todos os países? O GTIN, representado pelo código de barras, é uma das alternativas mais indicadas para a indústria calçadista se expandir cada vez mais.