O Núcleo de Computação Científica (NCC) da Unesp foi homenageado nesta quinta-feira durante a Intel Innovation Week pela parceria firmada com a empresa de tecnologia na capacitação de profissionais para a modernização de códigos no Brasil. O analista de computação científica, Rogério Luiz Iope, recebeu o prêmio em nome do núcleo.

Este é o segundo projeto estabelecido pelo núcleo em parceria com a empresa. Desde o ano passado, o NCC trabalha em parceria com Fermilab, nos Estados Unidos, e o CERN (Organização Europeia para a Pesquisa Nuclear), localizado na fronteira entre França e Suíça. O grupo atua na otimização de código de ferramentas utilizadas pelos dois renomados centros de pesquisa.

A homenagem foi um agradecimento ao trabalho da Unesp no segundo projeto com a empresa, o Intel Parallel Computing Center, programa estabelecido na universidade que tem o objetivo de promover treinamentos na área de programação paralela para programadores, pesquisadores, estudantes de graduação e pós-graduação, com o objetivo de melhorar a capacidade dos participantes de desenvolver código de modo a fazer o melhor uso do hardware.

A nova parceria rendeu à universidade mais dois servidores de última geração da empresa – um investimento de aproximadamente US$ 50 mil -, além da capacitação de pesquisadores, estudantes de graduação e pós-graduação. “Essas são as melhores máquinas que se consegue comprar com a tecnologia Intel e serão disponibilizadas para os estudantes usarem remotamente durante os eventos e treinamentos”, explica Rogério Iope responsável pela articulação do projeto e coordenador técnico do time de profissionais que conta ainda com outros dois membros: Raphael Cóbe e Silvio Stanzani. Recentemente, o grupo esteve no campus de Ilha Solteira onde realizaram um workshop durante a Semana de Engenharia da unidade. O articulador do projeto lembra que a equipe está disponível para trabalhar junto às unidades da universidade na organização de workshops de treinamento.

“A Intel tem uma necessidade muito grande de ter pessoas que estejam envolvidas na disseminação do conhecimento das ferramentas da tecnologia para paralelizar códigos, uma vez que elas promovem o melhor uso da evolução tecnológica na área”, explica Rogério Iope. “Este segundo projeto envolve capacitação e tem um perfil mais acadêmico. Dessa forma, abordamos duas vertentes da universidade nessa interação com a Intel: a pesquisa, com o trabalho ao lado do Fermilab e do CERN, e o ensino, com o programa de modernização de código”.

Na computação paralela o processamento é realizado simultaneamente nos diversos núcleos, facilitando o tratamento de problemas que podem ser divididos em partes menores. Uma grande tarefa computacional é dividida em várias sub-tarefas que podem ser processadas de forma independente e cujos resultados são combinados posteriormente para se obter a solução final do problema. Tal mecanismo tem sido utilizado, por exemplo, na área de Física de Altas Energias.