A área de Educação da Associação Brasileira de Automação-GS1 Brasil, responsável por expandir o relacionamento com o meio acadêmico, acaba de estabelecer mais uma parceria com a Fundação Universidade São Paulo (FUSP) em um projeto com a Escola Politécnica, da universidade. Segundo Flávia Ponte Costa, coordenadora da área de Educação da Associação Brasileira de Automação-GS1 Brasil, “o principal objetivo é a troca de conhecimento entre a entidade e o meio acadêmico para capacitação técnica de alunos e disseminação de novas tecnologias que utilizam o Padrão GS1”.

A parceria com a Escola Politécnica da Universidade de São Paulo tem como um dos objetivos contribuir com o “Projeto Canal Azul”, cujo propósito é redução de tempo na liberação de cargas de carne bovina e a precisão nos sistemas logísticos da cadeia de produção e abastecimento. O projeto conta ainda com a participação do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e da Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (Abiec). “Nos baseamos na tecnologia de identificação de cargas por chip de radiofrequência (RFID) somada a uma solução de software que integra exportadores, despachantes aduaneiros, o Mapa e outros players da cadeia de abastecimento”, explica Eduardo Mario Dias, professor titular da Universidade de São Paulo e um dos coordenadores do projeto.

Saúde – Como membro do Comitê Gestor de Implantação do Sistema Nacional de Controle de Medicamentos (SNCM), designado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), o professor Eduardo também indicou o desenvolvimento de projetos para rastreabilidade de medicamentos no Brasil. A Associação Brasileira de Automação-GS1 Brasil participa do trabalho, que tem como base de identificação o código bidimensional padrão GS1 Datamatrix.

Para Flávia Ponte Costa, coordenadora da área de Educação da Associação Brasileira de Automação-GS1 Brasil, “a aproximação da GS1 Brasil com o meio acadêmico traz grandes benefícios na capacitação de alunos e pesquisadores, que desenvolverão soluções nacionais orientadas sob os padrões globais da GS1”.

RFID como padrão de automação
A outra instituição de ensino superior envolvida em projetos com a Associação Brasileira de Automação-GS1 Brasil é o Instituto Mauá de Tecnologia. Sistematicamente, alunos da disciplina RFID – Princípios Básicos e Padrões, do curso de Engenharia, recebem a GS1 e seus convidados em suas aulas. O coordenador do curso de Engenharia Eletrônica, Wanderson Assis, explica que os primeiros contatos foram feitos em 2013. Já em 2014 as aulas foram iniciadas, primeiramente separadas em duas disciplinas que separavam o ensino teórico e prático. “Em 2015, concluímos que seria produtivo juntarmos teoria e prática numa só disciplina e os alunos estão gostando muito”, comenta Assis.

Como disciplina eletiva, RFID – Princípios Básicos e Padrões é cursada por alunos de três cursos de Engenharia – Elétrica e Eletrônica, Controle de Automação e Produção. “Temos conteúdo multidisciplinar e abordagem em vários segmentos, o que incentiva os alunos a usarem o RFID como tema dos trabalhos de conclusão de curso”, afirma Assis. O professor considera o suporte oferecido pela Associação Brasileira de Automação-GS1 Brasil de fundamental importância para o desenvolvimento de projetos nacionais envolvendo os padrões.