A EMC Corporation anunciou os resultados de um novo estudo global sobre proteção de dados, que revela que a perda de dados e o tempo de inatividade custaram às empresas brasileiras US$ 26 bilhões nos últimos doze meses. Mundialmente, o montante foi de US$ 1,7 trilhão. A perda de dados cresceu perto de 400% desde 2012 mundialmente, enquanto – surpreendentemente – 62% das organizações no Brasil ainda não confiam integralmente em sua capacidade de recuperação após uma interrupção.

O EMC Global Data Protection Index, realizado pela Vanson Bourne, pesquisou 3.300 responsáveis por decisões de TI de médias a grandes empresas em 24 países.

Impacto da perda de dados e do tempo de inatividade

A boa notícia é que, no geral, o número de incidentes de perda de dados está caindo. No entanto, o volume de dados perdidos em um incidente está crescendo exponencialmente:

· 59% das empresas pesquisadas passaram por perda de dados ou tempo de inatividade nos últimos 12 meses

· Na média, as empresas tiveram 17 horas (mais de dois dias de trabalho) de tempo de inatividade inesperado nos últimos 12 meses

· Outras consequências comerciais das interrupções foram perda de receita (28%) e atrasos no desenvolvimento de produtos (42%)

Nova onda de desafios à proteção de dados

Tendências de negócios como big data, dispositivos móveis e nuvem híbrida criam novos desafios à proteção de dados:

· 61% das empresas não têm planos de recuperação de desastres para nenhum desses ambientes e somente 4% têm planos para todos os três

· Na prática, 55% classificaram o big data, o dispositivo móvel e a nuvem híbrida como “difíceis” de proteger

· Com 34% de todos os dados principais localizados em alguma forma de armazenamento na nuvem, isso pode resultar em uma perda substancial

O paradoxo da proteção

A adoção de tecnologias avançadas de proteção de dados reduz, drasticamente, a probabilidade de ocorrer interrupção. Além disso, muitas empresas recorrem a vários fornecedores de TI para resolver seus desafios de proteção de dados. No entanto, enfrentá-los separadamente, em silos, pode aumentar os riscos:

· Empresas que usaram três ou mais fornecedores para solucionar a proteção de dados perderam o quádruplo de dados em relação às que unificaram sua estratégia de proteção de dados com um só fornecedor

· As empresas com três fornecedores também tenderam a gastar, em média, US$ 15 milhões a mais na infraestrutura de proteção de dados, em comparação com as que têm apenas um.

A matriz da maturidade

Os participantes da pesquisa EMC Data Protection Index ganhavam pontos com base em suas respostas, classificando a maturidade de sua proteção de dados em uma de quatro categorias (ver metodologia para obter mais detalhes):

· A grande maioria das empresas – 91% – se classificou nas duas categorias mais baixas quanto à maturidade da proteção de dados

· Em termos nacionais, 9% se classificaram com o mais alto grau, sendo 9% categorizados como “Adotantes” e nenhuma considerada “Líder”

· A China tem o maior número de empresas no topo (30%), e os Emirados Árabes Unidos têm o menor (0%)

· Nos resultados globais da pesquisa, empresas de grande porte, com mais de 5.000 funcionários, tiveram o dobro da probabilidade (24%) de atingir o mais alto grau do que empresas menores, com 250 a 449 funcionários (12%); empresas nos Estados Unidos e na Holanda foram as mais avançadas fora da região Ásia-Pacífico-Japão (20% e 21%, respectivamente).

“Esta pesquisa destaca o enorme impacto monetário do tempo de inatividade não planejado e da perda de dados sobre as empresas de todo o mundo”, explica Guy Churchward, presidente da EMC Core Technologies. “Já que 62% dos responsáveis por decisões de TI entrevistados encaravam como desafio a proteção da nuvem híbrida, do big data e dos dispositivos móveis, é compreensível que quase nenhum deles tenha confiança em que a proteção de dados será capaz de fazer frente aos futuros desafios dos negócios. Esperamos que o índice global de proteção de dados alerte os líderes de TI sobre a necessidade de parar e reavaliar se suas soluções atuais de proteção de dados e suas metas de longo prazo de estarem alinhadas às exigências de demanda e comerciais de hoje em dia”.

Metodologia

A pesquisa foi realizada de modo independente pela Vanson Bourne entre agosto e setembro de 2014. Os participantes são responsáveis por decisões de TI em organizações com mais de 250 funcionários. Houve um total de 3.300 participantes de 24 países. 200 participantes em cada empresa de quatro países (EUA, Reino Unido, França e Alemanha) e 125 participantes em cada empresa de vinte países (Canadá, México, Brasil, Rússia, África do Sul, Turquia, Emirados Árabes Unidos, Itália, Suíça, Holanda, Austrália, Japão, China, Coreia, Índia, Cingapura, Hong Kong, Filipinas, Tailândia e Indonésia).

Para criar a curva de maturidade, os responsáveis por decisões de TI responderam a perguntas específicas relativas à sua experiência, estratégia e infraestrutura de backup e recuperação. Cada seção marcava até 64 pontos para criar uma classificação geral de maturidade. Essa pontuação era então multiplicada por um fator de escala para padronizar a curva e chegar à contagem total de 100 pontos. Feita a pontuação, os responsáveis por decisões de TI foram divididos em quatro segmentos equilibrados, da menor à maior pontuação: Retardatários (com 1 a 25 pontos), Avaliadores (26 a 50 pontos), Adotantes (51 a 75 pontos) e Líderes (76 a 100 pontos).