BYOD ou Bring Your Own Device se refere a um dos assuntos que mais influenciaram as decisões de Tecnologia da Informação (TI) das companhias no início desta década. Ou seja, o facilidade de os funcionários das empresas passarem a usar dispositivos extremamente poderosos, pessoais e próprios – como smartphones e tabets trazidos de casa -, no ambiente de trabalho para realizar tarefas corporativas.
O fenômeno foi discutido inicialmente como “risco” e, depois de muita tempestade, as empresas tiveram de encará-lo como “oportunidade”, talvez, porque simplesmente seria impossível de se evitar. Os dispositivos pessoais não poderiam ser impedidos de entrar no ambiente de trabalho, muitas vezes remoto, e as empresas poderiam ganhar alguns benefícios por não serem proprietárias de todas essas plataformas pessoais.
Alguns riscos tangíveis, no entanto, tiveram de ser contornados por ferramentas de TI, software e soluções avançados que pudessem minimizar o desvio indevido de informações, contornar questões de legislação trabalhista e mesmo ampliar a segurança dos sistemas conectados.
Empresas de TI se dedicaram a solucionar estes problemas e muitos de seus clientes hoje utilizam o BYOD com toda a naturalidade que os novos tempos introduziram em suas culturas corporativas.
Hoje conversei com o executivo de uma dessas empresas provedoras de soluções, a Citrix. O executivo Scott Schwarzhoff, porta-voz da companhia, contou por telefone que deu uma palestra pela companhia hoje, em São Paulo, sobre Internet of Things. Fiquei curioso! O que teria a Citrix com IoT (ou Internet das Coisas)?
Para minha surpresa, os dispositivos conectados que a empresa está abordando não são os produtos que seus clientes transportam em suas linhas de montagem ou até Centros de Distribuição ou para o varejo. Para ele, os devices conectados, do conceitode IoT, são, na verdade, os que já são concebidos para isto: celulares, smartphones, tablets, notebooks… Ué!? Fique espantado.
Mas, depois de compreender o que ele me contou, que há necessidade de as empresas gerenciarem os dispositivos móveis e que a IoT, para a Citrix, é uma parte do BYOD, fiquei engasgado. Será este o futuro da IoT?
No meu ponto de vista, não é só isso. E creio que para Kevin Ashton, que cunhou o termo no final dos anos 1990, também não. Afinal, o que queremos da IoT é que aparelhos que não são naturalmente conectados como iPhones possam se comunicar pela rede. Ou seja, que sejam conectadas camisas e não celulares; latinhas de refrigerantes e não smartphones; ou carros e não iPads.
O que está por vir neste mundo da IoT supera de longe a “simplicidade” dos dispositivos já conectados.
Internet das Coisas tem a ver com dar comunicação a coisas que não se comunicam por meio da internet. Eu acredito nisto.
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