Para quem me criticou, no dia 25 de junho de 2013, por eu ter dito no Facebook que a presidente Dilma Roussef se comportou como golpista ao falar em Constituinte, publiquei o seguinte na rede social:

Eu acredito que a democracia não é uma palhaçada petista, tucana ou seja lá o que for. A democracia é um avanço e implica em respeitar as leis, a Constituição. Repito quantas vezes quiser ouvir: temos de respeitar a Constituição deste país e as leis. Estamos mal ou bem representados, mas por gente que foi eleita pelo povo – assim como a Dilma – e essas pessoas têm de trabalhar para a sociedade e não para si.

Sou a favor de uma total mudança no nosso sistema político, inclusive retirando os salários dos representantes do povo. Tem de ser um trabalho voluntário, um trabalho que pode ser desconfiado de quem não tiver caráter ou comprometimento com seus representados.

Acredito no voto distrital, mas não é tudo. Creio que temos de trabalhar com parlamentares voluntários, com especialistas, com gente bem educada por escolas que ainda estão longe de existir, mas que podem começar a se tornar realidade agora. Não tenho limites para sonhar com um país melhor.

Só acho que a conversa não é esta agora, porque tem gente querendo tirar proveito de um movimento limpo, sem bandeiras, um movimento de gente como a gente. Eu também não tenho partido, não empunho bandeiras, não visto camisas. Mas também tenho as minhas convicções e sempre vou defender o Estado de Direito. O Estado regido por leis.

Somos animais, com um pouco só de razão. As leis são esse pouco de razão que temos. Racionalidade.Temos de ter regras bem claras e punições também para impedir que uns animais queiram ser os aproveitadores dos outros, os aproveitados.

Sou pela liberdade de expressão e pela vida. Sou um bicho homem e quero que os outros bichos homens sejam organizados para preservar o nosso planeta e a vida, um fenômeno do DNA, uma molécula que depois de milhares de anos criou dois seres como eu e você capazes de articular ideias…

Não sou obra de nenhuma criatura-fantasma. Sou apenas um animal que vive na selva de pedra e que, como os outros da minha espécie, sou cheio de arrogância e tenho a sensação de ser imortal.

Não é utopia pensar em ter políticos sem salários. Isso não é novidade. E nem é fácil conseguir, como se pode supor. Mas eu acredito na liberdade de expressão e as ideias são as mais genuínas (nada a ver com o fulano que passei a ter como um grande safado infeliz) formas de expressão. Pensar não ofende.