Pesquisa inédita divulgada pela Microsoft mostra que mais da metade dos funcionários relatam que as redes sociais ajudam a aumentar a produtividade no trabalho. Porém mais de 30% das empresas entrevistadas mundialmente subestimam o valor dessas ferramentas e muitas vezes restringem o seu uso. O levantamento, encomendado pela Microsoft e conduzido pela empresa de pesquisa Ipsos, contempla entrevistas com 9.908 profissionais, em 32 países, entre eles o Brasil.

A análise global traz que 39% dos funcionários sentem que não existem colaborações suficientes em seus locais de trabalho. E 40% deles acreditam que ferramentas sociais podem incentivar o trabalho em equipe. O dado mais surpreendente foi que 31% dos entrevistados disseram que estão dispostos a investir em ferramentas sociais.

No Brasil, 57% dos respondentes sentem que a rede social têm resultado em maior colaboração no ambiente de trabalho e 51% dos profissionais acreditam que podem ser mais produtivos com o suporte desta tecnologia. Quando questionadas sobre o uso das diversas tecnologias para colaboração e comunicação, os entrevistados mencionaram que profissionalmente utilizam e-mails (94%), seguido de mensagens instantâneas (74%), sites e intranets (63%), videoconferência (58%), redes sociais externas (37%) e redes internas (35%).

A pesquisa aponta que 16% das empresas brasileiras encorajam o uso das redes sociais corporativas, enquanto 46% não encoraja, mas também não restringe o acesso, e 38% têm políticas de restrição de uso. No País, grandes empresas têm aderido às redes sociais corporativas como a Natura e Telefônica, que implementaram o Yammer. Já a FIRJAN, Odebreacht e Braskem implementaram o Sharepoint, apostando no ambiente de colaboração.

Mais conectados no trabalho

“Os funcionários já começaram a trazer seus próprios dispositivos para os locais de trabalho, e agora eles utilizam cada vez mais seus próprios serviços”, afirma Charlene Li, fundadora e analista do Altimeter Group, uma empresa que estuda mídias sociais e outras tendências tecnológicas.

“Os funcionários esperam trabalhar de forma diferente, com ferramentas que os façam sentir mais conectados, mas isso também é um reflexo de como eles interagem em suas vidas pessoais. Redes sociais corporativas representam uma nova maneira de trabalhar. As organizações que já trabalham com essas ferramentas aumentam a colaboração entre funcionários, o que acelera as respostas dos clientes, além de criar vantagens competitivas”.

A pesquisa também constatou diferenças distintas na forma como países, setores e gêneros se relacionam com os níveis de ferramentas de produtividade, colaboração e comunicação utilizadas atualmente no trabalho.

Regiões
• Os funcionários da região Ásia-Pacífico foram mais propensos a atribuir o uso de ferramentas sociais, seguidos pela América Latina e Europa. Colaboradores da América Latina, no entanto, foram mais inclinados a creditar o aumento da colaboração no local de trabalho às redes sociais, seguidos dos funcionários da região da Ásia-Pacífico e Europa.
• Há uma maior proporção de trabalhadores na América Latina e na região da Ásia-Pacífico que utilizam ferramentas sociais – e com maior frequência. Em contraste, as pessoas da América do Norte e Europa têm demorado um pouco mais para adotar essas ferramentas.
Setores
• Funcionários dos setores de serviços financeiros e governo são mais propensos a dizer que a sua empresa coloca restrições sobre o uso de ferramentas sociais, provavelmente devido ao alto nível de regulação nesses setores.
• Além disso, os profissionais de serviços financeiros (74%) e governo (72%) são mais propensos, do que os outros campos, a dizer que estas restrições existem devido a preocupações de segurança, enquanto que aqueles que trabalham nos setores de varejo (59%), viagens e hospitalidade (57%) são mais propensos a culpar estas restrições pela perda de produtividade.
Gênero
• Os homens são mais inclinados a atribuir níveis de produtividade mais elevados às redes sociais corporativas do que as mulheres.
• As mulheres tendem a aceitar mais facilmente que sua empresa restrinja o uso de ferramentas sociais do que homens.
• Os homens são mais favoráveis do que as mulheres a dizer que estas restrições existem devido a preocupações de segurança, enquanto que as mulheres são mais propensas a atribuir às redes sociais a perda de produtividade.

“Assim como o e-mail acelerou o ritmo dos negócios nos anos 90, as redes sociais corporativas serão as responsáveis por uma transformação e aumento de agilidade no local de trabalho do século 21″, disse Eduardo Campos, gerente geral da divisão Office na Microsoft Brasil. “Quando olhamos para a contínua evolução das comunicações, nós acreditamos que as ferramentas utilizadas hoje – e-mail, mensagens instantâneas, voz, videoconferência, redes sociais – irão se reunir e se integrar a aplicativos de forma a acelerar a colaboração e transformar a maneira como as pessoas trabalham”.

A Microsoft prevê que as redes sociais possam permitir uma conexão de todas as ferramentas de colaboração dentro das empresas, e não apenas como um site separado ou aplicativo que deve ser adicionado às atividades diárias dos funcionários.