Série TI para Negócios: livros para quem é de negócios, mas sabe que precisa de TI

A Tecnologia da Informação é um fator-chave de investimento para os CEOs brasileiros. A constatação foi feita por 73% dos presidentes de organizações locais que participaram do estudo bienal Global CEO Study 2012, maior pesquisa do mundo realizada pela divisão de consultoria da IBM, com a participação de mais de 1,7 mil CEOs de 18 segmentos de mercado em 64 países. Pela primeira vez, a tecnologia aparece como a força externa mais importante, sendo apontada por 71% dos entrevistados globais.

“Tecnologia tem servido como impulsionadora para a mudança organizacional, sendo considerada como quesito fundamental para as empresas se manterem competitivas e agregarem valor ao negócio. Este aspecto pode ser observado pelo aumento de 44 pontos percentuais no índice nacional em relação à edição anterior (2010), quando a média foi de 29%”, afirma Jesus Mantas, líder de consultoria da IBM para a América Latina.

TI é para Negócios

Nada mais natural, então, do que lançar livros de TI para quem é de negócios. No dia 29 de agosto, a Netpress Books lançará o segundo livro da “Série TI para Negócios”, pioneira em abordar Tecnologia da Informação para profissionais e executivos de outras áreas que não TI. Para obter mais informações, leia em “Vem aí o TI para Negócios 2″.

Por outro lado, o maior desafio para o sucesso das empresas brasileiras continua sendo a qualificação de profissionais, gargalo apontado por 87% dos líderes, incremento de 16 pontos percentuais em relação a 2010, quando o índice de preocupação era de 71%. Seja no nível estratégico ou nas funções operacionais, o maior obstáculo para as organizações tem sido encontrar profissionais especializados e reter talentos.

Fatores de mercado, como concorrência e oscilações econômicas, são outra força externa que se destacam entre os desafios dos líderes globais (68%), ocupando o terceiro lugar, logo após qualificação de pessoas (69%). Já em âmbito nacional, esse aspecto aparece em segundo posto (74%), sendo ainda mais relevante que a tecnologia. “Hoje em dia, tecnologia, pessoas e concorrência são desafios que afetam todas as indústrias, seja aqui no Brasil ou em outros países”, observa o executivo.

O ponto de partida da edição 2012 do estudo foi “Como liderar dentro de uma economia conectada”, onde o cenário competitivo está ainda mais acirrado devido ao crescente poder conquistado pelos consumidores, cada vez mais informados e demandantes. O estudo e suas conclusões foram apresentados ontem, durante o IBM FORUM 2012, realizado no Expo Transamérica, em São Paulo. Na pesquisa estão as principais impressões das empresas globais e nacionais, desde pequenas e médias (que tiveram participação considerável este ano), até as de grande porte.

A pesquisa também demonstra a preocupação dos CEOs brasileiros com as competências dos profissionais de suas empresas. No quesito sucesso profissional, os executivos locais concordam com os presidentes de empresas dos outros países, apontando ‘colaboração’ (85%), ‘flexibilidade’ (80%) e ‘criatividade’ (70%) como as principais aptidões para que os profissionais sejam bem sucedidos. No Brasil, essas três qualidades estiveram presentes nas respostas de CEOs de alta performance, ou seja, aqueles que atuam em organizações que obtiveram os melhores resultados financeiros mesmo em períodos de oscilação econômica.

Com relação à qualidade de liderança, os CEOs acreditam que seu sucesso depende do foco no cliente (61% – global e 60% – Brasil) e da motivação da equipe (60% – global e 76% – Brasil). No Brasil, no entanto, o instinto competitivo (46%) e a transparência (48%) são mais importantes do que para os seus colegas globais (38% e 34%, respectivamente).

“O estudo compilou os principais insights das entrevistas realizadas com CEOs de empresas de alta performance, e foram três os fatores apontados por eles para o sucesso: capacitação de funcionários por meio da colaboração, interação de forma personalizada com os clientes levando em conta a análise de dados compartilhados externamente, e ampliação da inovação através das parcerias”, finaliza Mantas.

Foco no consumidor

Os consumidores atuais estão mais conectados, informados e com poder de influência. Com isso, adotam uma postura mais exigente em relação à qualidade dos produtos e serviços oferecidos pelas empresas. Este panorama faz com que o novo consumidor esteja entre as principais preocupações dos CEOs, já que conquistar clientes requer um conhecimento profundo do seu perfil e preferências, o que torna essencial a interatividade e o investimento em tecnologias analíticas. Segundo a pesquisa, 77% dos presidentes brasileiros identificam o conhecimento sobre os clientes como uma área crítica de investimento, tendo como plano a melhoria da capacidade de extrair insights significativos por meio do aproveitamento e análise das informações.

Neste sentido, 71% dos CEOs brasileiros pretendem realizar mudanças em até cinco anos, com foco em atender às expectativas dos clientes – melhoria do entendimento de suas necessidades individuais e otimização do tempo de resposta às necessidades de mercado. Com isso, os líderes planejam migrar gradativamente da mídia tradicional para a social, com o objetivo de criar conexões individuais com seu público-alvo. No Brasil, hoje 14% das empresas utilizam mídias sociais como mecanismo de interação com os clientes. Em até cinco anos este número deve saltar para 60%, segundo os entrevistados. Mídia tradicional deve cair dos 35% hoje para 17% nos próximos anos.

As principais conclusões do estudo com relação ao Brasil podem ser vistas no infográfico:

http://www-03.ibm.com/press/br/pt/presskit/38576.wss

Sobre a Pesquisa Global de CEOs da IBM em 2012

Essa pesquisa é a quinta edição da série bianual de Pesquisas Globais de CEOs da IBM. Para formular esse estudo, os pesquisadores da IBM se reuniram pessoalmente com a maior seleção já feita desses executivos. Foram entrevistados 1.709 CEOs, gerentes-gerais e líderes seniores do setor público, representando organizações de diferentes portes em 64 países e 18 segmentos de mercado entre outubro de 2011 e janeiro de 2012.