Após dois anos de trabalho neste blog “TI para Negócios” (e mais de quatro décadas como curioso e evoluindo constantemente para conhecedor de tecnologia), decidi oferecer a você algo que considero muito valioso e que serve para compreender a cobertura que tenho realizado com seriedade e foco sobre o mundo da Tecnologia da Informação (TI) e sua adoção crescente pelas empresas, que movem a nossa economia e produção.
Mas o valor do que tenho a oferecer não está apenas nas opiniões, análises e críticas que posso fazer nesta nova seção do blog/site “TI para Negócios”, para a qual dei o título de “Intersecção”. O mais importante talvez seja oferecer a você um contato mais humano, com parâmetros para que você possa compreender melhor quem está escrevendo, além de como e por quê escrevi o que escrevi.
Neste espaço, portanto, pretendo expor com o máximo de precisão possível as minhas visões e emoções como um Ser Humano que tem intersecção entre os conjuntos* de seus perfis profissional e pessoal, nos bastidores da vida – e não apenas no Facebook. (*Refiro-me à Teoria dos Conjuntos, da Álgebra).
Começo, então, com um assunto que toca os corações de quem gosta de ciência, de criações humanas e, portanto, de tecnologia. Ontem, dia 17 de abril de 2012, eu estava no Ronald Reagan Washington National Airport esperando um vôo da Jet Blue para vir a Boston, onde estou hoje (18 de abril de 2012) e ficarei até sexta para cobrir o evento da Autodesk, que patrocina esta minha viagem aos EUA. Naquele mesmo aeroporto, ontem mesmo, chegaria o ônibus espacial Discovery, desta vez de carona em um Boeing 747 da Nasa, para o que tem sido definido pela imprensa em geral como a “aposentadoria da espaçonave”.
Pensei comigo: “quem diria nos anos 1980, quando eu era adolescente e encantado com as maravilhosas explorações espaciais da nossa espécie, que um ônibus espacial chegaria um dia a ser “aposentado”? Quem diria que todo o programa de viagens dos Seres Humanos ao Espaço* seria considerado obsoleto?” (*Vou diferenciar Espaço Sideral, com letra maiúscula, daquele espaço em geral, como o que separa os indivíduos na Classe Econômica e na Business Class, nos aviões comerciais).
Atualmente, a Nasa e as outras agências espaciais do planeta que discutem a exploração do Espaço consideram que o caminho é a robótica. Veja, por exemplo, que já chegamos a Marte, mas com robôs, com câmeras, braços mecânicos e muitos computadores, mas nenhum John, Paul, Zezinho ou Stephanie. Isto nos faz nos redimensionar como Seres Humanos, sobre o que falarei mais adiante, neste mesmo texto. Mas, antes disso, gostaria de abordar a “aposentadoria” do Discovery e dar uma dica aos exploradores de museus pelo mundo afora.
O Discovery, para minha alegria, ficará no que considero o mais maravilhoso museu de todo o planeta Terra (embora não conheça todos os museus do mundo, mas já tenha visitado alguns dos principais, como os de Nova York, Paris, São Paulo etc.): no Smithsonian Institution, mais precisamente no National Air and Space Museum, em Washington-DC, capital dos Estados Unidos. É como se fosse a casa do amigo James.
O Smithsonian é fruto do sonho de um homem chamado James Smithson, que enfrentou muitos desafios em uma vida inspiradora e que deixou sua fortuna para a construção e manutenção de um “estabelecimento para a expansão e difusão de conhecimento entre os Homens”. Para visitar qualquer um dos museus do Smithsonian Institution, que resultam de seu último desejo, basta entrar, sem pagar nenhum centavo!!!
Assim, como os museus do Smithsonian Institution, TODOS os demais em TODO O MUNDO deveriam ser GRATUITOS!!!
Abre parênteses.
Parabéns, James Smithson!!! Você foi um cara excelente e jamais será esquecido por mim, enquanto puder viver, e nem por outros seres humanos que descobrirem o seu valor. Dedico a você, James, a minha amizade, apesar da separação das nossas dimensões físicas pela barreira do tempo. Apesar disso, a capacidade humana de registrar conhecimento tornou-me capaz de “virtualmente” conhecer e verdadeiramente admirar você, um dos Grandes Homens que já existiram.
(Edson Perin)
Fecha parênteses.
Você que está lendo já parou para pensar que nós, Seres Humanos, estamos condenados a ser conhecidos, interpretados e julgados por muito mais gente que nos sucederá depois de mortos, quando não seremos mais capazes de argumentar? Isso deve nos guiar em relação ao que queremos deixar nos Facebooks da vida. Pense!
Voltando aos dias de hoje, em breve, pretendo voltar a DC para visitar o Discovery, no Air and Space Musem, com a minha filha Laura, a quem tento afastar das tentações do consumismo para aproximar dos valores da vida, da Ciência e da Filosofia. Educação é o único legado concreto para os mais jovens.
Redimensionar como Seres Humanos – Voltei ao assunto do sexto parágrafo. Quanto mais evoluímos na TI, quanto mais descobrimos tecnologias, quanto mais evoluímos na compreensão do Universo, mais nos aproximamos de nossa fragilidade, de nossa mortalidade, da consciência de que somos infinitamente pequenos diante do Universo. Compreender cientificamente o que nos cerca nos leva às respostas sobre o “como”, mas o “por que” nunca é atendido plenamente e, assim, muitos se tornam alvo das crenças.
A fragilidade do Ser Humano pode ser notada na descoberta de que os robôs podem mais e serão mais eficientes na atividade de nos trazer novos elementos para pensar o Universo (ou os Universos, como tem sido apresentado por cientistas que defendem a “Teoria dos Universos Múltiplos”).
Para concluir este texto, que já ficou grande demais, vou concluir com frases que criei pensando na existência e nas perguntas (erradas) que costumamos fazer:
A morte é como sentir saudade do futuro.
Existe vida antes da morte?
Pensar é um dos orgasmos humanos menos atingidos.
Para ser sério, ninguém precisa fazer cara feia ou esconder a alegria.
C.Q.D.
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