O novo Baboc, versão em língua portuguesa, já está à venda na Amazon ou pode ser baixado do site do IIBA (International Institute of Business Analysis). O catatau com as práticas adotadas e reconhecidas em Análise de Negócio (AN) foi distribuído gratuitamente aos participantes da Primeira Conferência de Análise de Negócio, realizada nesta semana na sede da Serasa-Experian, em São Paulo (SP).

O ponto alto do evento foram as soluções criativas apresentadas por executivos pioneiros em AN nas empresas brasileiras, como Serasa-Experian (Helio Mariano), Oi (Selma Carvalho) e Bradesco (Fernando Carvalho). Mariano informou que em sua empresa existem 22 profissionais destacados para a área de AN, que funciona como uma ouvidoria de TI para o pessoal de negócios. “Quanto melhor a TI se envolver no início dos projetos, melhor!”, afirmou.

Selma, da Oi, explicou que o desafio da área em sua empresa é reduzir os 30% de cancelamentos de projetos de TI que já entraram em desenvolvimento. “Além disso, mais de 60% das funcionalidades desenvolvidas nos sistemas não chegam a ser utilizadas”, destacou.

Por meio de um sistema de job rotation, Selma descobriu um jeito de fazer as equipes de desenvolvimento e de AN se integrarem mais. “Por alguns meses o funcionário de TI trabalha como desenvolvedor, depois passa a ser AN, depois volta a ser desenvolvedor… etc! Assim, cada profissional sabe na pele as dificuldades de cada posição”, explicou.

No Bradesco, Fernando Carvalho encontrou um jeito de resolver os problemas para fazer AN de um jeito otimizado. “AN precisa estabelecer prioridades e isso requer uma metodologia”, disse. Carvalho desenvolveu sistemas e processos para organizar um dos maiores desafios da TI: saber identificar o que fazer primeiro, o que é prioritário.

Por meio de um workflow, foram estabelecidos parâmetros para pontuar os projetos. Além disso, cada gestor de negócios passou a ter controle sobre uma carteira própria de projetos que estão sendo desenvolvidos pela TI. “Quando tudo é prioritário, nada é prioritário”, concluiu Carvalho.

Suzandeise Thomé, presidente do capítulo São Paulo do IIBA, que organizou o evento em parceria com a Serasa-Experian, traçou um cenário da AN no Brasil, destacando que o IIBA não é uma associação de Analistas de Negócios, mas uma entidade que trabalha para parametrizar a atividade desses profissionais.

Ela reforçou ainda que AN não é uma metodologia, mas um conjunto de práticas adotadas e reconhecidas em Análise de Negócio.

Clique aqui e ouça entrevista de Suzandeise, realizada em março de 2011.