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TI para Negócios

Como fazer a tecnologia trabalhar pelo seu sucesso e da sua empresa

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Category: Gestão

O crescimento da Stara, fabricante de máquinas e equipamentos para a agricultura de precisão, é de espantar. A companhia da cidade de Não Me Toque, no interior do estado do Rio Grande do Sul, cresceu mais de dez vezes nos últimos oito anos, saltando de um faturamento de R$ 60 milhões em 2006, para mais de R$ 1 bilhão em 2013.

Essa exponencial conquista fez com que a empresa, ainda em 2013, iniciasse um processo de avaliação de troca do sistema de gestão corporativa (ERP), já de olho em se manter nos trilhos do crescimento. Durante todo o ano, visitas a empresas que usavam diferentes softwares de gestão, de distintos fabricantes, foram realizadas, para chegar ao fornecedor correto.

Após um longo processo de avaliação, que contou com o apoio de uma consultoria, a Stara optou pelo SAP ERP, implementado pela T-Systems. “Nós avaliamos muito a aderência dos diversos softwares à nossa estratégia e processos, que partem desde a transformação metalúrgica até à venda nas revendas e concessionárias, que são 100 em todo o País. A T-Systems mostrou grande conhecimento técnico e abordagem muito forte de entender nosso negócio, para trazer uma solução completa e aderente”, conta Cristiano Paim Buss, diretor de Pesquisa e Desenvolvimento da Stara. O contrato foi assinado em janeiro de 2014.

Panorama

O cenário tecnológico era bastante complexo. A Stara contava com dois sistemas que tocavam a parte industrial e o backoffice da companhia (finanças, administração, comercial etc). Embora contassem com integração, muitos ajustes eram manuais e com pouca aderência a todos os novos processos da empresa. Buss conta que ambos os softwares atendiam, até então, as necessidades da companhia, mas não mais conseguiriam suportar o tamanho que a empresa projetara para seu negócio.

Com um único software, para interligar todos os processos, da produção ao pós-venda, a companhia conseguiria agilizar muitas tomadas de decisões. “Quando optamos pela SAP, fomos orientados pela T-Systems sobre o saneamento de dados, e que este processo seria um fator para o sucesso para o projeto”, lembra o diretor. “Colocamos 42 pessoas da Stara para fazer esse processo, e bem antes do go-live tínhamos peneirado 21 anos de informações do sistema legado”.

O processo de transformação da infraestrutura da Stara pela T-Systems levou um ano. Neste tempo, conta Buss, a empresa teve que se adaptar a uma nova cultura processual, pois o software da SAP é menos permissivo e dá mais controle, com processos mais bem estruturados e regras que, uma vez definidas e desenhadas, não permitiriam rearranjos, a não ser por uma nova retomada na análise de processos. Esta rigidez faz com que o desenho inicial dos processos seja vital para o sucesso no uso da solução.

Resultados

A Stara começou a rodar o software da SAP em janeiro de 2015. Nestes dois meses, o diretor destaca que o maior benefício foi na velocidade para tomadas de decisões de produção. “Antes, para rodar o cálculo de produção (MRP), levávamos 12 horas. Hoje, fazemos em 22 minutos. Ter essa informação rapidamente disponibilizada nos faz poder avaliar melhor nossas estratégias de produção”, comemora Buss.

“Hoje, o maior patrimônio de uma empresa é a informação, não os ativos físicos. Quem tem informação, navega melhor no mercado. E esse é o maior ganho que iremos obter no médio e longo prazo”, acrescenta.

A implementação de SAP também trouxe como benefício o aumento da segurança do tráfego de informação, pois foi realizado um grande investimento em infraestrutura de TI para suportar a nova ferramenta.

Contar com um parceiro global como a T-Systems é, para a Stara, um dos principais fatores de sucesso para o projeto de implementação do SAP ERP. “Quando olhamos para o tamanho da empresa e todo o suporte e conhecimento internacional, logo nos identificamos. Seja pela origem dos fundadores da empresa, seja pela possibilidade de ser global”, comenta. “Pudemos acessar os diretores da T-Systems na Alemanha e entender a estrutura da companhia, o que sacramentou nossa parceria”.

“O profissionalismo da T-Systems também foi um fator decisivo. A empresa conta com profissionais de mercado, que entendem a necessidade do cliente”, complementou.

Novo panorama de negócios

Com o sistema SAP rodando, a T-Systems desenvolveu com a Stara um aplicativo para dispositivos Android que dá suporte a diversas ocorrências em campo, atendendo ao processo de pós-venda da empresa.

Buss conta que em uma assistência técnica, que envolve uma série de procedimentos de verificação, a informação do cliente chegava a levar até um mês para retornar à companhia, pois todos a comunicação era via papel e em alguns casos por email.

“Nossos clientes estão, muitas vezes, em locais distantes. O tempo de deslocamento até lá, a avaliação e depois o retorno desse profissional para a empresa era muito prolongado”, diz. “Com o aplicativo e acesso à internet, o processo leva minutos. Se não há acesso à internet na fazenda, por exemplo, o aplicativo armazena as informações, e assim que o técnico se conecta, os dados são transmitidos para o nosso sistema ERP”, revela.

Na prática, o aplicativo significa um aumento na velocidade da informação para o suporte de campo, agilizando a resolução dos problemas, resultando em fidelização à marca Stara. “O grande diferencial da Stara é a evolução constante. Somos uma empresa familiar, que sempre se adiantou às demandas, e esta foi mais uma medida vencedora”, visualiza.

O próximo passo da companhia é conectar as máquinas agrícolas, para que elas gerem dados do trabalho realizado durante o dia, aumentando o poder de gerenciamento das máquinas pelo operador, alavancando a gestão preventiva dos ativos dos clientes. “O tablet foi o primeiro passo, e sabemos que podemos contar com a T-Systems para a próxima etapa desta caminhada”, conclui.

Cerca de R$ 100 bilhões por ano deixam de entrar nos cofres públicos em função de produtos pirateados e falsificados que chegam ao Brasil. Os números, divulgados no Dia Nacional de Combate ao Contrabando, em 03 de março, são resultado de uma pesquisa de três anos e mostram o tamanho do desafio do País para estancar esse prejuízo. De acordo com o Instituto de Desenvolvimento Econômico e Social de Fronteiras (Idesf), este tipo de crime prejudica diretamente as empresas legalmente estabelecidas. Elas perdem faturamento com a concorrência desleal, que não recolhe impostos nem gera empregos formais. Segundo o estudo, apenas na fronteira de Foz do Iguaçu (PR) com o Paraguai, cerca de 15 mil pessoas atuam na informalidade sem qualquer direito ou benefício trabalhista.

Para expor números como esse e combater a entrada ilícita de produtos no país, foi realizado em Foz do Iguaçu um debate em torno do tema no dia 03 de março, com o apoio da Associação Brasileira de Automação-GS1 Brasil. A Associação participou do encontro ao lado de outra entidades representativas que também apoiam a iniciativa, além de atuar efetivamente com a Receita Federal, o Ministério da Justiça, a Polícia Rodoviária Federal, a Prefeitura de Foz do Iguaçu e a Secretaria de Segurança Pública. “A tecnologia é uma das armas cada vez mais usada nas ações de combate à pirataria e ao contrabando no Brasil”, destaca João Carlos de Oliveira, presidente da Associação Brasileira de Automação-GS1 Brasil.

A GS1 Brasil propõe a toda a cadeia de suprimentos – desde produtores de matéria-prima, indústria, operadores logísticos, distribuidores até o varejo – a implantação de padrões globais de identificação e comunicação para permitir a rastreabilidade. A finalidade é garantir os registros da informação e o caminho que os itens percorrem, da procedência da matéria-prima aos produtos finais em todas as etapas, desde a produção até a chegada ao cliente final. O consumidor tem a segurança de consumir produtos originais, principalmente quando se trata de sua integridade física como alimentos e medicamentos.

A automação e a padronização tem sido uma aliada importante para mudar o cenário do contrabando no Brasil. Parceira do governo federal em diversas ações, a GS1 Brasil colabora na capacitação de servidores públicos para identificação de mercadorias por meio do código de barras. Segundo a gerente de Relações Institucionais da GS1 Brasil, Liliam Santos, “todo esse trabalho é realizado anualmente em vários estados, nas delegacias da Polícia Rodoviária Federal, junto com Idesf, Ministério da Justiça, Polícia Federal, Receita Federal”. Há várias discussões agendadas para este ano sobre a importância da implantação da rastreabilidade como recurso de melhoraria e garantiria da segurança do consumidor, processos internos e maior controle na cadeia de produtos.
Com base nos padrões globais sugeridos pela GS1 Brasil, as equipes de combate ao crime recebem treinamento específico dos órgãos públicos para fiscalização de cargas, técnicas de entrevista, reconhecimento de produtos falsificados e ações relacionadas ao fisco e delitos correlatos. Um dos objetivos é auxiliar a consulta dos produtos sob suspeita com o uso de ferramentas de padrão GS1 como o Gepir (Serviço de Verificação Global de Autenticidade de Prefixos), que ajuda a localizar o dono da marca do produto de forma rápida e eficiente. O Gepir busca, por meio do código de barras, quem é a empresa proprietária do produto, além de dados como o CNPJ, telefone e e-mail. A ferramenta está disponível no site da entidade (www.gs1br.org/gepir) e, para ter acesso, basta cadastrar lo gin e senha. Gepir pode ser utilizado em qualquer dispositivo com acesso a internet e ser consultado 24 horas por dia, sete dias por semana.

Dura realidade – O estudo do Idesf em parceria com Empresa Gaúcha de Opinião Pública e Estatística (Egope), “O Custo do Contrabando”, aponta ainda que a fiscalização é insuficiente para vigiar as fronteiras do Brasil e que, com isso, apenas uma pequena parcela de mercadorias é apreendida. Ou seja, apenas de 5% a 10% do contrabando. A principal conclusão é que o custo do contrabando varia entre 19% e 22% do valor das cargas. E a lucratividade dos contraventores é muito atrativa, podendo chegar a 230%. Por exemplo, o produto mais contrabandeado para o Brasil é o cigarro, que proporciona lucro variável entre 179% e 231%.

A Ceitec, empresa pública vinculada ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), cuja finalidade é desenvolver e produzir semicondutores no Brasil, acaba de adquirir as soluções SAP Simple Finance e a nova plataforma de processamento em tempo real, SAP S/4HANA. Com isso, a companhia pretende integrar seus processos e ter informações em tempo real de seu negócio como um todo.

Localizada em Porto Alegre (RS), a Ceitec projeta, fabrica e comercializa circuitos integrados para aplicações como identificação de animais, medicamentos, hemoderivados, pessoas e veículos, além de autenticação, gestão de inventário, controle de ativos, entre outras. A companhia desempenha papel estratégico no desenvolvimento da indústria de microeletrônica do Brasil e tem a missão de posicionar o país como um player global em microeletrônica.

A Ceitec é o primeiro cliente de S/4HANA da SAP no setor público em todo o mundo. “Vamos ajudar a Ceitec a expandir a produção de chips e a ter um processo integrado, simplificando, assim, o seu negócio. Esta é uma grande conquista para a SAP Brasil e demonstra nosso compromisso em rapidamente promover o valor das nossas soluções para os clientes brasileiros e contribuir com o desenvolvimento do País”, afirma a presidente da SAP Brasil, Cristina Palmaka.
A adoção do SAP S/4HANA terá papel fundamental nos desafios da Ceitec. A companhia pretende expandir sua produção nacional de chips de alta qualidade e crescer nos mercados interno e externo. A empresa terá um processo integrado de gestão, desde o chão de fábrica até o backoffice. Tudo em tempo real. A aplicação Simple Finance da SAP, juntamente com a plataforma S4/HANA vai permitir que as informações financeiras atualizadas sejam acessadas a qualquer momento e de forma instantânea pelos tomadores de decisão. “Com isso, a Ceitec contará com uma gestão do negócio em tempo real”, afirma Jackson Borges, diretor de vendas para o setor público da SAP Brasil.