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TI para Negócios

Como fazer a tecnologia trabalhar pelo seu sucesso e da sua empresa

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Category: Segurança

A segurança na internet é um dos fatores mais importantes quando levamos em conta o quanto o mundo está conectado. Usuários estão sempre com novas ferramentas sejam e-mails, redes sociais ou espaços de armazenamento em nuvem para guardar arquivos pessoais e profissionais. Uma pesquisa global da LastPass, ferramenta mais popular para o gerenciamento de senhas do mundo da LogMeIn, afirma que 70% dos usuários não estão utilizando a autenticação de dois fatores em suas senhas. O que não é de se espantar visto que, ainda, de acordo com a pesquisa, 60% dos entrevistados nunca ouviram falar da tecnologia.

Mas o que é a dupla autenticação? As etapas garantem uma segunda verificação de identidade do usuário para uma maior segurança no acesso a sites. Normalmente, é solicitado apenas seu login e senha para a identificação, enquanto com a autenticação dupla é necessária uma segunda forma de verificação além desta. Geralmente, esta fase é realizada através de um número, que pode ser recebido por SMS, gerado por um aplicativo, ou com a utilização de um dispositivo gerador de números “tokens”. Porém, existem diversas outras formas de segunda identificação, como receber uma ligação, um clique na tela do celular via “push” ou identificação biométrica, como a solicitação da impressão digital. Qualquer pessoa pode implementar a dupla autenticação em suas contas gratuitamente com a utilização de aplicativos como o LastPass Authenticator, ferramenta bastante popular que permite implementar dupla autenticação em acessos.
De acordo com Gustavo Boyde, Gerente de Marketing para América Latina da LogMeIn, o mesmo App permite a dupla autenticação para os mais diferentes sites, incluindo Facebook, Google, Amazon e Dropbox. “O Facebook atualmente tem um número de dados pessoais muito extenso, o que facilita a propensão de pessoas mal-intencionadas a conseguir esses dados e, neste requisito, o uso do aplicativo para dupla autenticação é uma ótima opção. A ferramenta é como se fosse um token universal, porém em um aplicativo no celular e que pode ser usado em diversos sites ao mesmo tempo”, comenta.

A Abrahosting (Associação Brasileira das Empresas de Infraestrutura e Hospedagem na Internet) detectou um crescimento espantoso do tráfego de spam, que triplicou em um período de dois anos no Brasil. O fenômeno é preocupante principalmente por acarretar maiores riscos de segurança e mais custos improdutivos de manutenção e ampliação da infraestrutura de serviços dessas empresas.

De acordo com a entidade, a taxa atual de Spam no fluxo de mensagens que chegam diariamente nas redes dos seus associados atinge a média de 90% dos e-mails, os quais são prontamente bloqueados antes mesmo de chegarem aos níveis internos da estrutura.

Além disso, dos 10% de mensagens que recebem licença para entrar nos servidores das empresas de hosting do País, apenas 50% (ou 5% do total) são entregues ao endereço do usuário final com status de mensagem lícita. Os outros 5%, por sua vez, mesmo sendo encaminhados ao destino, recebem do provedor, uma espécie de “carimbo” de suspeição e, quase sempre, acabam caindo na caixa de “lixo eletrônico” do usuário.

De acordo com Vicente Neto, presidente da Abrahosting, a taxa de mensagens bloqueadas por serem identificadas como Spam é ainda superior em provedores de hospedagem que atuam em nichos de mercado corporativo e oferecem serviços com níveis de restrição mais rigorosos. “Em provedores desse tipo, a taxa de rejeição na entrada pode atingir 97% e o volume efetivamente entregue (sem o selo suspeição) pode ficar em torno de 1%”, afirma o executivo.

No levantamento da Abrahosting foram incluídos empresas associadas com bases gigantescas de caixas postais de email – como é o caso da Locaweb – que diariamente bloqueia cerca de 320 milhões de mensagens – e prestadores de infraestrutura em nuvem, com serviços para missão crítica, tais como Loophost, IP Hotel, Digirati, CentralServer e Eveo.

Mais de 250 Domínios em Nome de um só CPF

O aumento expressivo de Spam apontado pela Abrahosting é ocasionado por uma série de fatores, como a constante expansão da rede global das múltiplas formas de conexão, que permitem o envio e a abertura de email sem limitação de plataforma.

“Além disso, há uma espécie de ‘efeito Tostines’, que é a existência de gigantescos exércitos de máquinas zumbis que são escravizadas por vírus para a propagação de Spam, sendo que este próprio Spam ocasiona a proliferação de novos e novos zumbis disparadores de e-mail malicioso a cada instante”, afirma Vicente Neto.

De acordo com a Abrahosting, o principal fator de aumento do Spam no Brasil não provém de emissores externos, mas de centenas de provedores internacionais que se multiplicaram nos últimos anos e que chegam a cobrar até 50 centavos de dólar para a abertura de um domínio.

“Enquanto não houver uma diretiva internacional para coibir a banalização de registros (muitos deles anônimos ou sem uma personalidade jurídica comprovada), não haverá contenção do Spam”, comenta o presidente da Abrahosting.

No que se refere ao Spam produzido em solo brasileiro, um dos fatores de agravamento é o alto nível de informalidade e pouco profissionalismo por parte de inúmeras empresas de e-mail marketing, que nem sempre se utilizam de práticas recomendáveis.

Para o advogado Adriano Mendes, do escritório Assis & Mendes, que assessora a Abrahosting, do lado dos provedores já existe um esforço concreto das empresas idôneas do setor para ajudar o nicho de email marketing a implementar práticas lícitas e aceitáveis para o envio de email em regime de massa. “Mas ainda é necessário formalizar uma autorregulação que seja implementada por todos os prestadores de hosting e que seja observada em comum acordo com os emissores de email marketing”, afirma Mendes.

Na avaliação de muitos provedores, as autoridades brasileiras de registro de domínio deveriam também repensar o nível de liberalidade para a criação de endereços IP que, muitas vezes, são feitos a partir de informação fraudulenta ou pouco consistente.

Além disso, os provedores se queixam de que não há um limite razoável para o número de registros de domínio em nome de um único CNPJ ou CPF. Segundo Luis Carlos dos Anjos, Gerente de Marketing Institucional da Locaweb, a sua área de segurança descobriu que cerca de 200 domínios fortemente emissores de Spam estavam registrados no Brasil em nome de uma única empresa. Na IP Hotel, relata seu diretor, Gustavo Morgado, um único CPF foi identificado como proprietário de 250 domínios que haviam sido colocados na listagem negra da empresa.

Lista Branca para o Email

A enorme avalanche de Spam e as consequentes medidas de segurança a que os provedores de hosting se obrigam acabam por ocasionar certos efeitos indesejáveis. Um deles é o bloqueio acidental de remetentes lícitos de e-mail cujas características (ou conteúdos recorrentes das mensagens) confundem os bloqueadores das empresas que os classificam como Spam.

Este tipo de “falso positivo”, explica Vicente Neto, causa problemas para o usuário e representa um grande ônus para as áreas de suporte das empresas provedoras. “Só para atender o cliente e alterar o status de um remetente bloqueado, nossos associados gastam, em média, 20 minutos de hora-homem”, comenta Vicente Neto.

Preocupada com a necessidade de ao menos mitigar o problema, a Abrahosting vai iniciar uma campanha para estimular os seus associados a levar conteúdo educativo para usuários finais de email aprenderem a denunciar mensagens de Spam e a marcarem seus remetentes através de comando de bloqueio.

Outra medida em discussão na Abrahosting é a criação de uma lista compartilhada de grandes remetentes de email de massa (principalmente redes varejistas, portais de e-commerce e agências digitais) que sejam praticantes de conduta lícita para permitir o acesso de suas mensagens às caixas postais de usuários, desde que com permissão expressa destes.

“Atualmente, cada provedor tem sua “white list”, mas nosso objetivo é criar uma referência nacional unificada e, para tanto, queremos chamar para discussão os maiores emissores desse tipo de mensagem”, completa o presidente da Abrahosting.

Pesquisa global da Citrix e do Ponemon Institute sobre infraestrutura de segurança de TI identificou que 83% das empresas em todo o mundo consideram que a complexidade organizacional é a causa do maior risco. No Brasil, este número não é diferente: 85% dos entrevistados afirmaram que os requerimentos de segurança corporativa são muito complexos, dificultam a sua produtividade e prejudicam a capacidade de trabalhar segundo suas preferências.

Os resultados desse estudo refletem o motivo do crescimento da chamada TI Invisível, ou shadow IT, que significa a prática adotada pelos funcionários de adquirir tecnologias e serviços, na maior parte das vezes sem o aval da TI, com o objetivo de buscar maneiras mais simples de realizar seu trabalho.

Com os colaboradores acessando as informações da empresa em seus dispositivos móveis pessoais, os dados corporativos acabam ficando disponíveis em laptops, telefones ou tablets deixados no escritório ou esquecidos em um café. Os ativos de dados estão aumentando, o que para 61% dos entrevistados brasileiros significa que cada vez mais informação é colocada em risco.

Já a proteção de aplicativos e dados é mais importante do que nunca. Globalmente, 74% das empresas consideram que é necessária uma nova arquitetura de segurança de TI para reduzir os riscos, índice que cai para 59% no Brasil. “Em relação aos demais países, os números mostram o Brasil com um perfil menos preocupado com segurança, o que nos alerta para uma possível vulnerabilidade das nossas companhias”, afirma Luis Banhara, diretor geral da Citrix Brasil.

As tendências globais analisadas no estudo indicam que as práticas e políticas precisam evoluir para lidar com ameaças decorrentes de tecnologias disruptivas, de crimes cibernéticos e de legislações de compliance. Mas alguns dados específicos revelam a realidade da segurança da informação no Brasil:

85% afirmam estar mais preocupados com fontes internas maliciosas do que com ataques de guerras cibernéticas e hackativismo (o que é uma tendência global, com 80%)
83% dos entrevistados estão preocupados com violações de segurança envolvendo informações de alto valor.
E 65% consideram que existem riscos decorrentes de sua incapacidade de controlar os dispositivos e aplicativos dos funcionários.
Metodologia da pesquisa

O relatório conduzido pelo Ponemon Institute, patrocinado pela Citrix e denominado “A necessidade de uma nova arquitetura de segurança de TI: um estudo global”, analisou as tendências nos riscos de segurança de TI e as razões pelas quais as práticas e políticas de segurança precisam evoluir para responder às ameaças das tecnologias disruptivas, ao cibercrime e às normas estabelecidas. A pesquisa apresenta as opiniões de mais de 4.200 profissionais de TI na Austrália, Nova Zelândia, Brasil, Canadá, China, França, Índia, Japão, Coreia, México, Holanda, Emirados Árabes Unidos, Reino Unido e Estados Unidos.