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TI para Negócios

Como fazer a tecnologia trabalhar pelo seu sucesso e da sua empresa

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Category: Opinião

Gina Van Dijk, Diretora Regional do (ISC)² América Latina

O momento nunca foi tão oportuno para quem deseja investir na carreira voltada à segurança da informação. Trata-se de uma das áreas que mais crescem e se destacam dentro do ambiente corporativo, com alguns dos melhores salários do setor de tecnologia e vagas surgindo em profusão. Mas, afinal, o que é necessário para aproveitar esse cenário e se consolidar como um profissional de cibersegurança de sucesso?

A resposta para essa pergunta, evidentemente, varia de caso a caso. É possível dizer, no entanto, que alguns pontos são assumidamente essenciais para os candidatos que estão de olho nas melhores vagas e remunerações. Neste contexto, por exemplo, podemos destacar nove dicas fundamentais para alavancar a carreira dos profissionais de cibersegurança. São elas:

1. Seja um verdadeiro especialista em segurança digital
Em um cenário onde as ameaças se transformam a cada dia, a melhor maneira que profissionais de cibersegurança têm para atrair a atenção das empresas é mostrando como seu conhecimento pode ser útil para manter uma operação longe de qualquer perigo digital.

Por isso, o primeiro passo para aqueles que desejam construir uma trajetória sólida nesse segmento é buscar especialização no setor de segurança, conhecendo profundamente as soluções e técnicas necessárias para evitar possíveis problemas e ataques de maneira eficiente. Pesquise recursos e diferentes tipos de ameaças de forma contínua.

Lembre-se de que a concorrência será cada vez maior e estar um passo à frente do mercado é fundamental.

Garanta que seus empregadores estejam confiantes em relação ao seu know-how quando se trata de potenciais ameaças que suas organizações podem enfrentar.

2. Desenvolva suas habilidades de comunicação
Além de conhecer bem o assunto, a habilidade de se comunicar claramente e com propriedade é um ativo em qualquer trabalho, e se tornou especialmente importante na área de cibersegurança. A razão é simples: os profissionais precisam ser capazes de entender as demandas técnicas mais específicas e, ao mesmo tempo, saber ouvir e explicar o que está acontecendo para os públicos internos da empresa (incluindo usuários sem conhecimento em TI).

Durante uma entrevista de emprego procure, portanto, mostrar sua atenção às questões de comunicação oral e escrita. Isso será um diferencial importante.

3. Conheça as demandas do mercado
Segundo pesquisas do (ISC)², 70% das empresas ao redor do mundo pretendem contratar profissionais dedicados à proteção de dados. Entretanto, saiba que apenas conhecer sobre segurança não será o suficiente para garantir uma boa vaga. Será preciso entender que cada segmento e vertical tem suas próprias demandas e processos a resolver.

Sendo assim, conhecer bem o dia a dia do negócio a ser trabalhado ajudará o especialista em Segurança da Informação a ganhar destaque diante das organizações. Afinal, em um cenário mais integrado, não basta saber dos assuntos técnicos: é preciso entender como a segurança pode ajudar a otimizar os resultados.

4. Seja capaz de colocar a mão na massa
O avanço de tecnologias e conceitos como a Nuvem e a Internet das Coisas (IoT) tem feito com que a utilização dos dados se torne um processo cada vez mais integrado e complexo nas organizações. Como consequência, hoje, é esperado que o profissional de Tecnologia e Segurança da Informação esteja atento às novidades como um todo, e não apenas aos lançamentos específicos do setor de proteção.

Para tanto, além de conhecer as novidades na teoria, o profissional também deve estar preparado para pôr a mão na massa e implementar as alterações, ajustes e instalações necessárias para garantir a segurança dos dados e dos acessos.

5. Olhe além dos números e ferramentas
Os empregadores estão à procura de candidatos completos para formar seus times. Isso quer dizer que além de conhecimento técnico, as empresas esperam contar com pessoas que contribuam para resolver os desafios do dia a dia, agregando capacidade analítica, visão estratégica dos negócios e bom relacionamento interpessoal.

Em outras palavras, os profissionais de TI que atuam na área de segurança precisam estar aptos a entender as demandas da operação como um todo, apontando onde e como é possível aprimorar a proteção e a gestão dos dados da organização.

6. Promova suas certificações
Os diplomas demonstram a proficiência e o esforço realizado pelo profissional em busca de conhecimento. E, de fato, contar com certificações de relevância é indispensável para enriquecer sua carreira em cibersegurança. Em contrapartida, mais do que tê-los, é preciso promovê-los de forma assertiva.

Afinal, com tantos profissionais à disposição, é natural que os empregadores valorizem os candidatos que demonstrem suas habilidades e destaquem a ideia de aprendizagem contínua.

7. Escolha uma área para se especializar
O risco de um ataque virtual é uma preocupação constante. O que não quer dizer, entretanto, que todas as organizações estejam sujeitas ao mesmo tipo de ameaça. Os cibercriminosos contam com alvos diversificados, com armadilhas diferentes para cada mercado.

Nesse horizonte, é indicado que o profissional de TI voltado à segurança da informação se especialize em uma vertical ou indústria, mantendo-se alerta para as regulações e perigos que envolvem o segmento de atuação de sua organização.

8. Continue a investir no seu desenvolvimento
O mercado de cibersegurança é um campo de rápidas transformações, seja em relação às ameaças que se multiplicam ou pela crescente utilização dos dados por parte das empresas. O fato é que as demandas do setor mudam de forma constante. Por isso, a dica mais valiosa para um profissional de segurança da informação é manter a jornada de aprendizagem contínua.

Buscar novas informações e referências é um compromisso que os especialistas e técnicos não podem ignorar se quiserem destaque nesse setor. Isso pode ser feito, por exemplo, a partir de seminários, webinars e outros eventos de formação que ajudam a alimentar a base de conhecimento do profissional e das equipes de segurança.

9. Conecte-se com bons profissionais e empresas
Cultivar relacionamentos com outros profissionais na sua área é uma boa prática. É possível obter conselhos valiosos sobre busca por oportunidades de trabalho e compartilhar suas experiências com outros. Adquira o hábito de acompanhar de perto o trabalho de profissionais e empresas que se destacam como referência para o setor. Aprenda novas tendências sobre carreiras e quais habilidades empregadores esperam de um candidato. Ao desenvolver esse networking, será possível conhecer e compartilhar experiências para o desenvolvimento de novas e mais profundas técnicas de proteção às informações.

Denise Basow

Denise Basow, MD, CEO da Unidade de Negócios de Efetividade Clínica da Wolters Kluwer
Por mais que já se tenha muito clara a relação entre a experiência do paciente com a qualidade e a tecnologia usadas nas clínicas e hospitais, ainda se debate muito a respeito da importância de se investir em recursos que apoiem e suportem a decisão clínica e os cuidados como um todo. De um lado, a necessidade e a vontade de agregar valor, do outro, a carência de verbas. Isso é ainda mais delicado em países como o Brasil, onde o problema é um dos principais do sistema de saúde, especialmente na esfera pública.
Em 2018, o governo federal destinou apenas 3,6% do seu orçamento a esta área. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), o percentual fica bem abaixo da média mundial que é de 11,7%. Esses números colocam o Brasil em uma posição meio desconfortável, mais especificamente, em 49º no ranking dos países mais ineficientes na área de saúde, segundo uma pesquisa da Bloomberg.
Embora as inovações normalmente estejam atreladas a altos valores, você já parou para pensar que não investir pode sair muito mais caro? É sabido que sistemas de saúde que não investem em tecnologia, normalmente demonstram várias ineficiências como, por exemplo, demoras para agendamento de consultas, filas no atendimento e falta de coordenação do cuidado como um todo. Sem falar de problemas como a grande variabilidade do cuidado com o paciente em diferentes regiões do Brasil. O que acaba levando a decisões erradas, testes desnecessários, diagnósticos incorretos, entre outros erros evitáveis que interferem no cuidado clínico e nas decisões tomadas pelos profissionais e até pelo próprio paciente.
Ou seja, os profissionais não têm acesso à informação necessária e à medicina baseada em evidências e, por isso, não combinam essas inovações disponíveis com a experiência que possuem. O mesmo acontece do ponto de vista do engajamento do paciente, que por falta de informação acaba não cumprindo as orientações médicas.
O diferencial está em investir em tecnologias que realmente impactem na qualidade, melhorem a efetividade clínica e ajudem a reduzir desperdícios e variabilidade no cuidado. E não pense que a tecnologia disponível hoje para a cadeia de saúde restringe-se somente a novos medicamentos ou a equipamentos de ponta. Boa parte da solução dos problemas apontados neste artigo pode ser facilmente encontrada no enorme volume de dados integrados sobre pacientes, tratamentos e doenças, disponíveis em âmbito local e global. Com o apoio da medicina baseada em evidências, é possível uma maior padronização, o que pode acabar ou diminuir o problema da variabilidade.
O Brasil ainda engatinha em alguns tópicos que diz respeito à tecnologia. Mas os hospitais, especialmente os da rede privada, têm buscado participar da elite digital mundial, almejando certificações internacionais. A adoção de algumas tecnologias têm aumentado, como a de prontuários eletrônicos, apesar de ainda ficar para trás do ponto de vista da sua utilização para o suporte à decisão clínica propriamente dita.
Apesar das adversidades e até da crise político-econômica, o país é uma das mais atraentes regiões do mundo para soluções digitais em saúde. Esse grau de demanda assistencial reprimida abre muitas possibilidades para empresas que tenham como missão melhorar a qualidade dos sistemas de saúde. A meu ver, a melhor utilização da tecnologia e da medicina baseada em evidência pode resultar em um melhor cuidado e, consequentemente, melhor experiência para o paciente.
Denise Basow, MD, CEO da Unidade de Negócios de Efetividade Clínica da Wolters Kluwer

Por Celso Poderoso

Celso Poderoso, Diretor América Latina da área de Professional Services da MicroStrategy
Você já deve ter visto Tempos Modernos, um filme clássico de Charles Chaplin onde ele mostra a situação que os trabalhadores enfrentaram nos primeiros anos da Revolução Industrial. A invenção da máquina a vapor deu lugar a uma revolução tecnológica, mas também modificou hábitos, costumes e valores humanos. Fazendo uma analogia, hoje, precisamos criar empresas inteligentes que saiam de pensamentos padrões, repetitivos e passem a desenvolver soluções criativas que alavanquem os negócios.
Uma empresa inteligente, antes de tudo, não é aquela que detém um grande volume de dados e sim a que consegue adquirir conhecimento através deles, analisá-los e transformá-los em sabedoria. Não é difícil obter informações, mas é outra coisa entendê-las para melhorar as oportunidades de mercado e o relacionamento com os clientes. A tecnologia deve ser um apoio para isso já que sozinha não é capaz de mudar muita coisa.
É possível, através dessa inteligência, saber qual produto a empresa mais vende; quando um cliente em potencial entra na loja (online ou física), entender este cliente e até enviar promoções no mobile de acordo com o seu perfil, entre outros inúmeros exemplos. A análise inteligente dos dados antecipa desafios e oportunidades e transforma-os em lucro, proporcionando maior agilidade no crescimento. Uma empresa inteligente consegue melhorar produtos, serviços, eficiência operacional e cortar custos com velocidade, levando maior visibilidade para o mercado e para a sociedade.
E para chegar no nível máximo, é preciso entender em qual estágio de maturidade no uso dos dados para tomar decisões está a sua empresa. Foram identificados 7 estágios, apresentados abaixo com alguns pontos de melhoria para ajudar a identificar o seu momento e avançar para o próximo estágio, podendo assim extrair mais valor dos seus dados!
Estágio #1
Uso de ferramentas fragmentadas para tomar decisões, como aplicações desktop isoladas e desconectadas dos servidores corporativos, para construir relatórios no Excel;
Estágio #2
Embora exista a criação de soluções departamentais para análise de dados, ainda convive em um ambiente fragmentado e com problemas inconsistências e definição centralizada dos dados;
Estágio #3
Dispõe de um banco de dados empresarial e começa a criar um ambiente de análise de dados corporativo. Mas, continua com ferramentas fragmentadas, sem uma base única e com informações não governadas;
Estágio #4
Começa a analisar os dados tanto empresariais quanto departamentais da empresa em dispositivos móveis e começa a integração nos servidores corporativos;
Estágio #5
É onde a maioria das empresas deveria encontrar-se: a análise de dados em ambiente mobilidade faz-se totalmente presente e um olhar corporativo integrado começa a tornar-se fundamental; as primeiras iniciativas de AI (Inteligência Artificial) começam a aparecer nos departamentos, mas ainda sem uma integração e governança corporativa;
Estágio #6
Já tem uma base única de conhecimento, visão 360º dos produtos e clientes, dados integrados com governança, segurança e padronização de conceitos; iniciativas de AI começam a dar bons resultados, melhoram a tomada de decisão e ganham maior interesse da corporação;
Estágio #7
Todos os dados utilizados para tomada de decisão em um ambiente único e integrado, a empresa consegue conectar qualquer dado e gerar relatórios e análises em geral para todos os departamentos da empresa a partir do analytics, com segurança e usando ferramentas como IoT (Internet das Coisas), AI (Inteligência Artificial), Telemetria, Big Data, Voice Bots, Realidade Aumentada e Virtual etc.
Celso Poderoso é Diretor América Latina da área de Professional Services da MicroStrategy