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TI para Negócios

Como fazer a tecnologia trabalhar pelo seu sucesso e da sua empresa

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Category: Opinião

Por Marcelo Abreu e Rafael Gava de Oliveira

Segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), 50% do total de vacinas produzidas em todo mundo são perdidas anualmente. Uma das probabilidades apontada pela entidade para tanto desperdício está na deficiência do monitoramento das temperaturas e nas condições na qual esses insumos são armazenados. Mas esse não é o único aspecto que preocupa quando o assunto é má gestão na área da saúde. A soma de erros médicos, falhas processuais e infecções causaram mais de 54 mil mortes no país no ano passado, segundo dados da 2ª edição do Anuário da Segurança Assistencial Hospitalar no Brasil, produzido pelo Instituto de Estudos da Saúde Suplementar (IESS), em parceria com o Instituto de Pesquisa Feluma, da Faculdade Ciências Médicas de Minas Gerais.

Esses números, por si só, já seriam suficientes para revelar que temos problemas graves de ineficiência no setor. Mas se ainda desconfia, há outro estudo que é categórico nessa questão e não deixa dúvida. Em um levantamento realizado pela Bloomberg, que mediu a eficiência dos serviços prestados na área da saúde de 48 países, o Brasil ficou em último lugar. Ficamos atrás dos vizinhos da América do Sul, como Colômbia, Peru, Chile e Venezuela. Mas ainda bem que há uma demanda crescente por novas tecnologias no mercado de assistência médica e, de certa forma, essa onda pode pressionar os players de HealthCare no país a oferecer melhores serviços de atendimento médico.

Segundo o Gartner, o conceito de “Digital Twin” será uma das tendências tecnológicas de 2019 e tem potencial para impactar os negócios nos próximos anos. O objetivo do Digital Twin é criar uma representação digital de um elemento físico qualquer e considera a forma ou a dinâmica com a qual esse elemento interage e se relaciona com outros. Para simplificar, podemos fazer uma analogia com um simulador que replica, virtualmente, a imagem de uma pessoa ou lugar e de itens mais complexos como linha de produção, processos, sistemas, dispositivo, carro e outros.

Como parte integrante do conceito de “Digitial Twin” estão as tecnologias de IoT e, à medida que os dispositivos enviam seus dados e os algoritmos de inteligência artificial e machine learning reconhecem essas informações, os elementos e suas interações presentes na simulação são atualizados constantemente, refletindo um comportamento semelhante do mundo real. A aplicação desse conceito na Indústria permite que uma determinada ferramenta seja testada em várias condições de adversidades. O principal ganho aqui é a possibilidade de fazer um acompanhamento em tempo real de todo o processo e ainda fazer diagnósticos de problemas e insights para aperfeiçoamento. E aí que entra a Saúde.

Da mesma forma que o Digital Twin permite fazer uma simulação de um dispositivo ou sistema, é perfeitamente plausível fazer de um paciente, uma clínica médica, equipamento ou até de um vírus. Assim como acontece na indústria 4.0, modelos virtuais serão criados e aplicados com propósito de melhorar a eficiência e a qualidade do atendimento médico, além de evitar desperdícios e reduzir custos das organizações.

Vamos para um exemplo prático. Um hospital pode simular e medir seu desempenho baseado na experiência de um paciente, desde a recepção do mesmo, o tempo de espera, condições de internação, até a sua alta. Na verdade, as aplicações são inúmeras: com um modelo virtual é possível simular um modelo de disposição logística das salas em uma clínica médica, trabalhar com questões de higiene e limpeza, organizar a farmácia e a medicação de pacientes, aprimorar os procedimentos cirúrgicos, monitorar atuação de médicos e farmacêuticos, acompanhar tratamentos e diagnósticos de doenças, minimizar o tempo de parada de equipamentos hospitalares por meio de manutenção preventiva e aperfeiçoar as condições e a qualidade de pesquisas.

Todos esses benefícios vão ajudar os CIOs de hospitais a criar estratégias mais assertivas para o seu negócio e enterrar de vez os discursos simplistas de aumentar o número de leitos ou mais unidades, que na prática, não resolvem o problema do setor. É necessário implementar soluções inovadoras para otimizar os serviços das instalações já existentes.

O digital twin é um exemplo claro de como a tecnologia tem caminhado para melhorar a vida das pessoas e a eficiência operacional das empresas, que poderão oferecer produtos e serviços totalmente alinhados com as expectativas dos clientes, cada vez mais exigentes.

* Marcelo Abreu é Executivo de Inovação do Venturus

* Rafael Gava de Oliveira é Analista de Desenvolvimento do Venturus

A forma como colaboramos, nos comunicamos e compartilhamos informações mudou, não podemos negar. Mais do que isso, dividir informações tornou-se mandatório para instituições que querem crescer. O compartilhamento deve ir além das redes sociais e do ambiente pessoal. Essa é a palavra do momento no mundo corporativo e está inserida dentro de um contexto marcado por constante transformação e que as pessoas conectam-se e trabalham a partir de lugares diferentes. Claro que, isso só é possível porque estamos em plena era do tudo como serviço (XaaS).
A Harvard Business Review fez uma pesquisa com líderes comerciais em todo o mundo sobre como a colaboração está mudando em suas empresas. 72% dos entrevistados disseram que a “comunicação de equipe eficaz” tornou-se mais importante nos últimos anos. 54% dos líderes de negócios reportaram que estão investindo em soluções de colaboração de fácil utilização e 64% dos entrevistados relataram que a colaboração com terceiros ganhou ainda mais importância.
No entanto, não foi só a forma como colaboramos que mudou. A infraestrutura e as tecnologias que usamos para executar nossas tarefas e nos comunicar também não são mais as mesmas. O trabalho evoluiu e estar no escritório, no carro, no aeroporto ou em qualquer outro lugar hoje em dia não impacta mais nos resultados da produtividade dos colaboradores. As equipes estão espalhadas antes era preciso ligar e esperar que a pessoa estivesse do outro lado, estático em sua mesa, ao lado do seu telefone fixo, para resolver um problema em seu negócio, responder a um cliente. Em seguida, surge a mobilidade e o cenário já começou a mudar um pouco. Passamos das rápidas mensagens de textos para o uso de ferramenta do dia a dia, como o whatsapp, aplicadas para os fins corporativos, com o objetivo de suprir essa carência de agilidade e flexibilidade. Mas, esses recursos não têm a devida segurança e rigidez que são exigidas nas comunicações empresariais, especialmente quando estamos falando de projetos confidenciais, resultados financeiros e outros temas estratégicos. Mas, é sim possível e totalmente plausível re-imaginar a experiência, tornando a comunicação única, sem importar o dispositivo (sala de reunião, mobile ou desktop), especialmente.
A computação em nuvem veio para ficar e permite hoje não só qualidade e flexibilidade nas comunicações como reduções de custos substanciais. Segundo pesquisa da Cisco, 95% das empresas já utilizam algum tipo de serviço na nuvem e até 2020, 92% de todo o trabalho realizado pelas empresas será processado na nuvem. E os sistemas de comunicação em nuvem neste sentido permitem que, através de um login e senha, conteúdos sejam compartilhados, mensagens sejam enviadas, como se todos estivessem juntos participando de um grande grupo de trabalho. A criação de experiências imersivas, a incorporação da realidade aumentada e da realidade virtual, que segundo o Gartner são tendências-chave na corrida para o digital, já fazem parte deste cenário. Tudo isso com a capacidade de se ter o controle do que está sendo enviado, trazendo a segurança e a formalidade que esse tipo de comunicação exige.
Fora a agilidade, a qualidade e a segurança, não podemos esquecer da redução de custos. A comunicação em nuvem no modelo XaaS, reduz custos em até 30% e também elimina a necessidade de manter uma equipe dedicada para gerir esse serviço. Sem falar que, em tempos em que o metro quadrado em grandes cidades está cada vez mais caro, o Pabx virtual libera espaço físico e permite que todos trabalhem e colaborem independente do lugar em que estejam, a partir de qualquer dispositivo, sempre com o mesmo número, como se estivessem em sua mesa de trabalho. Afinal, nesse mundo de transformação digital, engajar o seu público a compartilhar informações e emoções tornou-se essencial.
*Silnei Kravaski é Diretor Executivo da Planus Cloud, Networking & Services

Carmela Borst, Diretora Senior de Marketing da Infor para América Latina

Em 4 de setembro de 2018, a Amazon se tornou a segunda empresa a atingir a marca de 1 trilhão de dólares em valor de mercado, atrás apenas da Apple. Um império que supera, em termos de receita, a Disney, Netflix e Samsung juntas. E um dos motivos desse sucesso financeiro, é o fato da Companhia estar mais preocupada com a opinião dos clientes do que com a concorrência. Por isso, tem apostado, e muito, na experiência do seu usuário!
A era da internet, que no século passado trouxe o e-commerce e com ele impérios de lojas virtuais, também ameaçou o varejo físico que não se adaptou às demandas dos consumidores. Mas, não foi só o varejo que sentiu as dores da internet – negócios tradicionais que não se reestruturaram, sentiram a disrupção bater à porta. Uma prova disso foi que conglomerados tradicionais norte-americanos como Macys, Sears, J.C Penney fecharam muitas de suas unidades nos Estados Unidos. Somente no ano passado, o país teve mais de 9 mil estabelecimentos encerrando suas atividades, realidade que também assombrou o Brasil. . Segundo a CNC, Confederação Nacional do Comércio, são mais de 225 mil estabelecimentos fechados no Brasil desde 2015 – números que mostram o quanto o setor precisa se reinventar, experiência é tudo.
No entanto, o varejo brasileiro tem entendido que os desafios dos negócios vão além dos números e da situação econômica, e que a inovação depende também da tecnologia. Por isso, há um movimento em torno da transformação digital se tornando real por aqui, com investimentos previstos pelas gigantes do varejo físico que podem ajudar as marcas a atender os clientes onde quer que eles estejam. Embora essa jornada transformacional tenha entrado da agenda dos CIOs brasileiros, com muitas marcas investindo em tecnologias disruptivas, ainda é preciso um olhar adiante para compreender como o machine learning, a inteligência artificial e o analytics podem apoiar a sobrevivência das lojas físicas.

O futuro está na customização

Não há dúvidas de que o varejo físico tem respirado com ajuda de aparelhos, e o principal motivo é que o consumidor ainda não encontrou nesses estabelecimentos a experiência louvável que muitas vezes os grandes impérios virtuais oferecem. No Brasil, o omnichannel, começa a sair do campo das ideias para de fato acontecer. E o que o varejo físico precisa compreender é que o remédio para essa crise está em obter os insights corretos por meio de tecnologias preditivas que melhorarão a experiência do cliente.
Hoje, varejistas gastam bilhões de dólares procurando por insights que são apresentados pela metade, porque não analisam toda a rede de dados, e apresentam resultados bagunçados e incompletos. Veja alguns caminhos que podem ajudar os varejistas a perseguir a Inteligência Artificial de uma maneira eficiente:

1.Personalizar a experiência do usuário

Apelar para as necessidades dos usuários é o caminho mais efetivo para manter a lealdade do cliente. De fato, de acordo com uma pesquisa recente do Life Monitor, 70% dos entrevistados afirmam que eles seriam mais leais às marcas que permitissem customizações de vestuários. Para o consumidor, o ato de comprar roupas é uma atividade social. Com machine learning e dados transactionais no centro das operações, varejistas podem rastrear, analisar os hábitos de consumo e comportamentos dos seus clientes e, com base em insights gerados, entregar ofertas sob medida, porque o machine learning no varejo pode ir fazer a loja ir além das recomendações – é possível predizer demandas e abrir novos caminhos para o atendimento personalizado que o consumidor tem buscado.
Um exemplo disso é a Sephora, que criou o Color IQ, uma solução na loja física que usa machine learning e escaneia a superfície da pele. Assim, consegue indicar ao cliente o tipo de base e corretivo usando tecnologia. Lançada em 2012, a solução fez a marca gerar mais de 12 milhões de acertos nas recomendações, o que levou a companhia criar o Lip IQ, um spin-off para batons. Uma prova de que a personalização, quando levada para um outro nível pode não apenas gerar receita, mas apoiar na criação de novos produtos/serviços.

2. Reduzir os itens fora de estoque

Insights podem ajudar os varejistas a ir além dos padrões de vendas. Podem ajudar a evitar uma estratégia errada em datas sazonais, como encher os estoques de alguns armazéns com ítens fora de demanda. Há exemplos de varejistas no mundo que estão usando o Machine Learning para reabastecer o estoque de forma mais inteligente. Na H&M, por exemplo, com AI e big data, a loja consegue analisar os recibos e devoluções de acordo com a localização. Assim, a rede de lojas monta seu inventário com base nesses dados, pois ao analisar as compras é possível identificar ítens e modelos que mais vendem em determinadas estações e unidades para não deixar faltar nas prateleiras.
Esse método ajuda a reduzir o excesso de produtos e prejuízos, pois as lojas conseguem, com base nas análises de insgiths gerados pelos consumidores, apenas solicitar o que é aderente ao momento, evitando o desperdício e gerando uma economia mais inteligente e um consciente.

3. Insights direcionados de Machine Learning

O uso de tecnologias de IA para analisar os hábitos de consumo ajuda os varejistas a determinar produtos e quanto de inventário é preciso para atender os clientes e suas expectativas.
As empresas também podem usar tecnologias inteligentes para predizer os ítens mais ‘quentes’, que manterão as prateleiras aquecidas por mais tempo. Há também a possibilidade de personalizar o inventário, antecipar produtos em épocas do ano em que gripes são comuns, por exemplo – sem deixar faltar medicamentos e ítens importantes nas prateleiras.
Utilizar dados e analytics para adaptar os pedidos de inventário ao comportamento do cliente é necessário para permitir que as lojas sobrevivam e prosperem na revolução do varejo. O motivo: se um cliente não encontrar o que procura quando estiver fisicamente na loja, ele fará o pedido on-line. E, como qualquer mudança anterior no setor, aqueles que se adaptarem cedo e permanecerem ágeis se manterão competitivos.
Não há dúvidas que a ciência e os dados são estratégicos nesse momento em que o relacionamento autêntico e pessoal entre varejo físico e clientes demanda além de criatividade, investimento em tecnologias assertivas, como a Inteligência Artificial, que pode permitir aos varejistas físicos competir com igualdade com negócios puramente digitais.