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TI para Negócios

Como fazer a tecnologia trabalhar pelo seu sucesso e da sua empresa

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Category: Sustentabilidade

A SAP Labs Latin America, de São Leopoldo (RS), organização da SAP voltada ao desenvolvimento de aplicações e serviços de suporte para as Américas, é referência em um programa estruturado para capacitar portadores de autismo a trabalhar na área de tecnologia. Atualmente, a empresa emprega profissionais autistas na área de desenvolvimento de software e recebeu um reconhecimento mundial da companhia pelos resultados atingidos. “Esses dois profissionais trazem pontos de vista diferentes e inovadores para nossos processos, agregando valor nos resultados”, destaca Thais Catarino, líder do programa SAP Autism at Work no Brasil.

Para receber os profissionais na SAP Labs, tanto os líderes quanto os colegas de trabalho passaram por treinamentos para sensibilização e melhor integração da equipe. “O desempenho tem sido acima do esperado e, com relação ao ambiente de trabalho, adaptamos questões de ruído e luminosidade, uma vez que um dos colegas possui hipersensibilidade”, informa.

Justamente este acolhimento que é destacado pelos dois colaboradores autistas que trabalharam no setor Globalization Services da SAP Labs. “Adoro trabalhar aqui pelo ambiente, pelas pessoas e pelo apoio psicológico. Os gerentes me ajudam sempre que preciso, eles são motivadores e têm bastante conhecimento para passar”, diz Bruno Luiz Rodrigues Vigna. Já Márcia Machado destaca outros diferenciais da empresa como a preocupação ecológica, a inclusão e a diversidade. “É gratificante ter sido incluída no programa. A SAP tem um respeito muito grande comigo”, diz.

Estudos mostram que 1% da população do mundo tem autismo, o equivalente a 70 milhões de pessoas. A SAP, em parceria com a Specialisterne, da Dinamarca, desenvolveu em 2013 dois projetos pilotos na Irlanda e Índia para promover e aproveitar os talentos característicos de pessoas com autismo para atuar nas áreas de software, programação e gerenciamento de dados. A iniciativa foi replicada para todas as unidades da empresa globalmente e já é realizada em países como Brasil, Canadá, República Checa, Alemanha, Índia, Irlanda e Estados Unidos. Em 2016, também será inserida na Austrália e Coréia.

“Estamos muito contentes pela oportunidade de acesso que a SAP dá mundialmente a um enorme grupo de talentos ainda não descobertos que irão, por sua vez, reiterar a companhia como líder mundial em inovação”, diz Thorkil Sonne, fundador da Specialisterne e presidente do conselho da Specialist People Foundation. “A SAP é a primeira empresa multinacional a fazer uma parceria conosco em escala global. Essa parceria colocará a SAP como um líder consciente e motivará o ecossistema a seguir seu exemplo”, comenta.

Essa experiência da SAP já tem sido compartilhada com mais de 50 empresas e líderes em todo mundo. É uma forma de incentivar outras companhias que têm essa visão a adotarem essas práticas. Segundo os especialistas, em muitos países as pessoas com autismo não têm acesso a serviços que favorecem em condições de igualdade com os outros, o direito à saúde, educação, emprego e vida em comunidade.

Fatos sobre o autismo
– O Transtorno do Espectro do Autismo prejudica a capacidade de se comunicar e interagir.
– De acordo com o CDC, 1 de 42 meninos e 1 de 189 meninas têm autismo.
– 85% das pessoas diagnosticadas com transtornos do espectro do autismo estão desempregadas, apesar de 60% têm média acima das habilidades cognitivas.

A partir desta segunda-feira, 16, o site do Magazine Luiza estará mais acessível. A gigante do varejo incluiu em seu portal um assistente de tradução para Libras, a Língua Brasileira de Sinais, para auxiliar deficientes auditivos a fazerem suas compras no e-commerce da companhia. A ação é pioneira no varejo brasileiro.

De acordo com o IBGE, quase 10 milhões de brasileiros possuem deficiência auditiva. A maioria tem dificuldade em compreender o conteúdo escrito e depende exclusivamente da Libras para se comunicar e obter informação. Com essa solução, os textos em português do site ficam acessíveis para esse público, que apenas lê Libras.

No site do Magazine Luiza, no rodapé, um botão vai liberar a leitura em libras. Um ícone com duas mãos ficará no canto direito da tela. Quando o surdo precisar de auxilio para entender um texto, um intérprete virtual, o Hugo, estará lá para auxiliá-lo.

Democratizar o consumo é uma das missões do Magazine Luiza. “Levar o que é privilégio de poucos ao acesso de muitos, democratizando produtos ou serviços é o propósito maior da marca.Esta ferramenta permite portanto estreitar nosso relacionamento com uma parcela muito importante dos consumidores”, afirma Ilca Sierra , diretora de Marketing Multiacanal da empresa.

O aplicativo que permite a leitura por Libras no site do Magazine Luiza é fruto de parceria com a Hand Talk, plataforma considerada pela Organização das Nações Unidas (ONU) como o melhor aplicativo social no mundo.

A Hand Talk também possui um aplicativo gratuito disponível para download em smartphones e tablets. Você pode baixá-lo aqui: www.handtalk.me/download

O site do Magazine Luiza também conta com um assistente para ajudar internautas com dificuldades motoras.

A Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP) e a IBM Brasil firmaram um Acordo de Cooperação para compartilhar investimentos de até US$ 500 mil, ao longo de 10 anos, a serem utilizados em projetos de pesquisa científica e tecnológica na área de computação cognitiva em universidades e institutos de pesquisa. Um comitê formado por representantes da FAPESP e do Laboratório de Pesquisa da IBM Brasil conduzirá a avaliação e seleção de projetos apresentados em resposta a Chamadas de Propostas a serem lançadas periodicamente.

Cada Chamada terá foco em temas específicos da área de computação cognitiva, como teoria e aplicações de inteligência artificial, processamento de linguagem natural, planejamento e raciocínio de bom senso e análise de big data, entre outros. Poderão participar das Chamadas pesquisadores de instituições de ensino superior e pesquisa no Estado de São Paulo. Mais detalhes sobre a apresentação de projetos serão divulgados em edital a ser divulgado posteriormente.

A computação cognitiva é considerada a Terceira Era Computacional, pois seus sistemas se aproximam da forma humana de pensar, interagir e aprender, extraindo conhecimento de dados não-estruturados com origem em fontes distintas em formato de texto, imagem e vídeos. Com a computação cognitiva é possível extrair conhecimento de um vasto volume de dados que pode contribuir para a solução de problemas complexos da humanidade, como o esgotamento de recursos ambientais, a prevenção e o controle de doenças, além da pobreza. A plataforma de computação cognitiva da IBM, o Watson, tem liderado as experiências em escala comercial desta tecnologia com diversas companhias no mundo.

“A parceria para selecionarmos propostas de pesquisa a serem cofinanciadas pela IBM e FAPESP abre grandes possibilidades para a comunidade científica de São Paulo interagir com pesquisadores de uma das empresas mais avançadas em ciência e tecnologia na área de sistemas cognitivos. O Laboratório de Pesquisa da IBM em São Paulo vai contribuir para o aumento da abrangência em pesquisa desta tecnologia no Estado”, diz Carlos Henrique de Brito Cruz, diretor científico da FAPESP.

Para Ulisses Mello, diretor do Laboratório de Pesquisa da IBM Brasil, o acordo com a FAPESP consolida a missão da multinacional de incentivo e fomento para desenvolvimento da ciência e tecnologia no País, onde há cinco anos a empresa instalou seu centro local de pesquisa. “Queremos desenvolver um ambiente de inovação em computação cognitiva no Brasil pela relevância e impacto do assunto na sociedade, tanto que os projetos selecionados estarão desprendidos de qualquer compromisso com propriedade intelectual com a IBM”, afirma.