A adoção de estratégias fracas de prevenção antifraude ocorre em função de dois erros críticos: organizações que não conseguem compreender o efeito devastador que um ataque cibernético ou invasão de dados; e organizações que acham que estão preparadas para um ataque, simplesmente porque têm alguma estratégia de prevenção, mesmo que esta estratégia tenha sido implementada apressadamente e ofereça uma proteção ultrapassada.

“Não há dúvidas de que os ciberataques causam problemas normativos, financeiros e à imagem. Pode ser impossível se recuperar de um ataque em larga escala, especialmente para organizações pequenas”, afirma Claudio Sadeck, gerente de Desenvolvimento de Negócios da Easy Solutions no Brasil. Sadeck alerta: “empresas líderes precisam parar de ver as medidas de prevenção contra fraude como gastos inconvenientes e começar a considerá-las como necessárias para o crescimento e a sustentabilidade dos negócios”.

Segundo a Easy Solutions, 83% das organizações que sofreram um incidente de fraude experimentaram perda de clientes, reputação ou produtividade. O reflexo natural de “tapar os buracos” durante a crise é priorizado em detrimento dos esforços para descobrir a causa deles, e isso é um problema. A Easy Solutions listou cinco medidas que as empresas preocupadas em evitar ataques de fraude atuais e futuros devem considerar:

Adote uma abordagem multicamada para o combate à fraude. Entenda que não existe uma solução mágica para todos os tipos de ataque. Proteja todos os canais, porque os criminosos tentarão se aproveitar das falhas em cada um deles.

Considere as necessidades e limitações de cada departamento no desenvolvimento da estratégia de prevenção. A fraude afeta toda a empresa, e a estratégia deve proteger cada departamento, segundo suas especificidades.

Implemente um serviço de monitoramento proativo e diligente, que detecte e remova rapidamente as ameaças antes que os usuários finais percebam que algo está errado. É difícil proteger-se contra o desconhecido, por isso, o monitoramento em busca de ameaças e uma crescente visibilidade do espectro de ataques possíveis pode ser fundamental para qualquer estratégia de proteção.

Não esqueça dos clientes: ofereça uma experiência que seja livre de inconvenientes, mas segura. Muitas organizações se esquecem do cliente na hora de desenhar sua estratégia antifraude. Os usuários finais e os clientes acabam se frustrando com métodos de prevenção pesados ou desajeitados.

Tenha em vista o longo prazo. Muitas vezes, em momentos de crise, as empresas tendem a adotar novos elementos como parte do seu arsenal. Estas escolhas apressadas geralmente não são feitas pensando no futuro. Uma estratégia proativa é a base para desenvolvimentos futuros, especialmente nos próximos anos de transformação digital contínua e crescimento exponencial das transações online.

As empresas líderes devem se perguntar se o risco de fraude justifica a alocação de mais tempo e recursos no desenvolvimento de uma estratégia de prevenção mais robusta. E devem refletir se estão dispostas a pôr a confiança do cliente em risco. “Está na hora de os líderes entenderem que as decisões tomadas hoje sobre as estratégias de proteção contra a fraude afetarão a saúde da empresa amanhã”, conclui Sadeck.